quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

LÁ MORAM DUAS PESSOAS * jesus-amaro

É meia-noite. Acabo de chegar da missa da vigília (=missa do galo). Ouvi as notícias na TSF. Nada de especial, para além da repetição daquilo que já estamos fartos de ouvir nos últimos tempos. Mas antes de dormir queria partilhar convosco uma situação de dramática pobreza... como não encontrei nem nos meus tempos de Brasil. Trata-se de um ex que andou em Fátima nos inícios da década de '80. Vive perto de Leiria, mesmo no centro da sua freguesia. Mas parece que ninguém vê: autoridades políticas, religiosas, sanitárias... a situação brada aos céus, porque é um inferno. Se tentar contar-vos o que encontrei naquele barraco não dá para acreditar. Penso que nunca entrei num lugar, onde moram pessoas, como este. Penso mesmo que a palavra miséria se sentirá envergonhada e mal utilizada para classificar a situação do C. A situação dele raia o indizível e o impensável: lixo, desarrumação, sujidade, precariedade, insegurança, falta de privacidade, tudo ameaça ruir (escadas, paredes, tecto, soalho), porque já está em ruínas. Ali falta tudo o que é necessário para se viver com alguma dignidade e sobra o que não presta... E o drama, o grande drama é que lá moram duas PESSOAS: uma doente outra deficiente. E ninguém vê... j.a.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Porque o Amor se Chama Deus Menino!


Feliz natal

Feliz Natal a ti que levas graça
Na graça das palavras que nos dizes
Feliz natal a ti que trazes dança
Nos braços que estendes tão felizes

Feliz Natal A ti que levas paz
Em laços enfeitados de perdão
Feliz natal A ti que abres mãos
Para dares como presente o coração

Feliz natal a ti Que a voz emprestas
Na noite de Natal ao novo hino
Feliz natal a ti Que fazes festa
Porque o amor se chama Deus-menino


FELIZ NATAL
E que o Menino Deus vos dê a prenda da Sua bênção

Pe. José Maria Cardoso

Feliz Natal!

Esta é a história dos "Três Porquinhos" em versão natalícia!... Para partilharem com os mais pequenos. Todos vão ficar deliciados...

... afinal as coisas nem sempre são o que parecem!

Aproveito esta ocasião para reforçar a mensagem sobre a "Meditação para um Natal", para os mais crescidos.

FELIZ NATAL para todos!


domingo, 21 de dezembro de 2008

Valeu a pena!

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
tem de passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
mas nele é que espelhou o céu."


Fernando Pessoa serve-me de muleta nesta minha primeira incursão bloguista.
"Valeu a pena?" Pelo que tenho lido neste blog, pelas recordações, todas gratas, que guardo do Tortosendo e de Fátima, valeu muito a pena.
Vou ter que ir ao meu baú de fotografias (que é, literalmente, um baú) e tentar recuperar também imagens daqueles tempos de "cabo Bojador" que foi a nossa adolescência e juventude:as peças de teatro (quanta coragem e motivação o Pe Soares nos incutia...), os concursos (todos clonados dos que, na altura, estavam a dar na RTP, claro), os torneios de futebol (bem mais emocionantes e competitivos do que os actuais campeonatos da Europa e do mundo!), a piscina (já pensaram bem quantos seminários,colégios, teriam piscina há mais de 30 anos?)e depois em Fátima, a descoberta de um mundo novo,a responsabilização pessoal, aquele ambiente absolutamente fraternal que se vivia, as idas a Fátima (algumas...oficiosas e a más horas), o CEF (aquele ambiente escolar, quase perfeito, onde havia miúdas para nos distrairem, mas só nos intervalos...).
Oh! se tudo isso valeu a pena!
E a alma, essa, não se queixou!

Tenham um Feliz Natal!
J.Portas

Boas Festas

A todos um Feliz Natal e um Novo Ano repleto de tudo o que de melhor houver !
José Freire

gloriosos “loucos” p'la bola


Um tema que, por certo, apaixonará muitos de nós é o Desporto, mais concretamente o Futebol!

Esses gloriosos “loucos” da bola? Lembram-se?... Ainda têm fotos? Vamos dar o “pontapé de saída”. Eu, hoje faço de árbitro, “apito” para dar início a este desafio!

Lembro-vos só alguns "temas" de torneios:
- Beira-Alta vs Beira-Baixa (incontornável, no Tortosendo!)
- Os torneios organizados pelo Unidos do Tortosendo!....
- Os jogos inter-turmas (Turma A vs Turma B, 1ª Linha vs 2ª Linha)
- Os torneios entre Institutos Religiosos, em Fátima (...os Monfortinos eram “lixados”)
- Os de Guimarães que me perdoem, mas sei que vão mencionar todas as suas glórias, no desporto rei da nossa juventude. Eu não disponho de dados, a não ser de algumas cicatrizes, de alguns "raçudos" do norte!

Há muito mais, umas em que o tempo ainda não era o meu e, outras, em que a memória me falta! Todos juntos somos capazes de reconstruir a nossa memoria do Desporto no Verbo Divino e da importância que teve na nossa formação.


Prrrrrri.... “Começou o Jogo”!

nota: Quem faz a primeira assistência?

Vitor Baptista

sábado, 20 de dezembro de 2008

S. NICOLAU III



Caro Amigo Vitor,
Conta comigo para o jantar de que forma for.

Como já te deves ter apercebido, tenho ainda alguma fobia a estas navegações da NET, razão pela qual, conciliada com a carga de Trabalho, ainda não me aventurei no blog.

Desta forma e com a promessa de pedir alguma ajuda para esta navegação, junto anexo duas fotografias dos diabos, tiradas em 06 de Dezembro de 1984. Adivinhem quem é o Terror das Trevas e o enforcado (caras à mostra). O esqueleto era o José Manuel Fernandes Marques, mais conhecido pelo Zé Manel CTT.
Cumprimentos.

Óscar Mota

A Era Digital e a AVVD!


Meus caros

Uma das estratégias da nova Direcção da AAVD para dinamizar a vivência
associativa da instituição, é o recurso ás tecnologias do digital,
nomeadamente o correio electrónico e a edição de páginas web, quer se
trate de sites, de blogues ou de outro tipo de publicações na
Internet. Estamos longe de esgotar recursos. Na realidade, mal
começamos a explorá-los.
Do que eu conheço na net sobre a AAVD, temos os seguintes endereços:

http://diariodigital.sapo.pt/ediario/aavd/ ("O meu e-diário" - site
de anúncio de encontros AAVD)
http://sabordabeira.blogspot.com/ (blogue de Vitor Baptista)
http://aavd-armindocachada.blogspot.com/ (blogue de Armindo Cachada)
http://br.groups.yahoo.com/group/aavd/ (net-grupo dos antigos alunos
do Verbo Divino)

Que eu saiba, não se encontra nada mais na net sobre a nossa associação.

No entanto, temos centenas de associados activos, dos milhares que
passaram pelos seminários. Uma boa parte, sobretudo os mais novos,
sabe utilizar as ferramentas informáticas e domina a Internet. Os que
não sabem, têm filhos que são "barras" nisso e podem sempre ter
acesso, por esta via, ás informações disponíveis.

A nossa ideia é criar uma rede informativa, dinamizada, em parte, por
quem já o tem vindo a fazer, embora desmotivadamente, pela pouca
ressonância que tais sites ou blogues parecem ter.

Felicito o Vítor Baptista pelo seu blogue, que começa a ser
participado e incentivo-o a continuar.

Por mim, envio aqui o endereço do blogue que eu próprio estou a
trabalhar e que espero manter com razoável periodicidade.

Envio um abraço a todos, com votos de boas festas de Natal, sempre uma
ocasião para relembrarmos a forma como outrora vivíamos esta quadra,
longe das tentações comerciais e dos pais natais, mas perto do
presépio, símbolo do Deus incarnado, o "Verbo Divino".

Bom Natal a todos
Armindo Cachada

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Meditação para um natal * jesus-amaro

"O mal está nos outros... e também está em nós". Neste tempo de advento de natal, de crises que permanecem e de tantas coisas que nos enchem os olhos e os ouvidos... e até nos provocam um certo desconforto físico e espiritual, dei comigo a meditar nesta frase de Etty Hillesum, uma jovem holandesa que morreu em Auschwitz, em 1943, com 28 anos de idade. e no significado que ela poderia ter para os que ainda acreditamos que andar por este mundo, de nosso senhor, tem de ter algum significado maior que o das aparências, do arranjar dinheiro e dar respostas de algibeira. Nestes tempos, falamos à boca cheia e fluentemente de dinheiro, de prendas, de desastres naturais e outros, de assaltos, de roubos, de invejas, de vinganças, de esbanjamento, de pobreza, de guerras, de terrorismo...etc...etc... Fazemos juízos de facto ou de intenção e chegamos sempre à conclusão fatal: o mal está nos outros! É no presidente, é no governo, é na ministra, é no presidente da câmara ou da junta, é nos patrões, é nos mcs, é na igreja, é nas televisões, é nos colegas... em alguém, menos em nós.Enfatuados, escanhoados e bem vestidos: uns; pindéricos, miseráveis, rotos e esfarrapados : outros. É assim o nosso mundo: binário nos discursos e na ética. Desumanizados, acusadores, injustos, egoístas, irresponsáveis... vamo-nos esquecendo que o mal, o mal do mundo, deste mundo, também é nosso e tem também o nosso carimbo pessoal.
Quando alguém se aproxima de nós o primeiro olhar é para a classificação. Céleres, com o leitor do código de barras na mão, introduzimo-lo na nossa lista de classificados. Uma vez arrumado no arquivo dificilmente dali sairá, por mais voltas que dê. Nós não nos enganamos nas nossas avaliações: há bons e maus e pronto! Os bons somos nós (não sei bem porquê, mas somos sempre nós) e os maus terão de ser os outros (sobretudo se desconhecidos, estrangeiros e vagabundos). No medo dos outros não estamos mais que a camuflar o medo de nós próprios: do nosso interior, das nossas inquietações, limitações e misérias: De encontrar nesse interior ódios e medos recalcados, desejos inconfessados, memórias incómodas... enfim, de encontrar o mal em nós.
O grande desafio é admitir que também eu sou capaz de matar, roubar, mentir, odiar, falsificar, esconder, agredir, dissimular, enganar... Admitir, por mais que me custe, que como ser humano não estou vacinado definitivamente contra nada e muito menos contra o mal que também está em mim. Admitir que nas minhas entranhas há grandeza, mas há também territórios escuros, cheios de dúvidas e de vergonhas (que berro, sou preguiçoso, choro, sou autoritário...), que não publicito, porque isso seria diminuir-me como pessoa. Conviver com os medos e limitações e usá-los para crescer é o lado mais luminoso do grande desafio. De quem não anda por aí só por andar, de quem não vive só por viver; mas anda por aí, de candeia na mão, à procura de significado e sentido para a vida e os vai encontrando, quando procura e caminha junto com os outros e quando descobre que os outros não são meros caminhos e companhia, mas são o significado e o sentido para a vida... para uma vida... para qualquer vida. E esses outros são tão coxos e tão saudáveis como nós ... esses onde muitas vezes só vemos/víamos o mal... j.a.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Artes & ARTISTAS: "O Mau Herodes" Pela Boa Mão do P.e Gonçalves

Em cima: José Carlos Pombo; José Carlos Duque
Em baixo: Nicolau Marques; Eulálio Figueira; Arlindo Costa; Luís Serrano; frater Rui (em trânsito para Irlanda); p.e Joaquim Domingos Luís ("Pisco"); Américo Oliveira; Carlos Bento; Agostinho Bruno Mónico.


As memórias dramáticas do Zé Amaro avivam-me as várias e gratas experiências teatrais que eu próprio vivi no tabuado do palco de Fátima - nos anos setenta ainda bem recheado de muito coloridos e realistas cenários, testemunhas das lendárias produções realizadas na década anterior.


Recordo com particular carinho uma peça que a arte e teimosia do p.e Valentim, à data prefeito do complementar, nos fez levar à cena no ano lectivo de 1976-1977. O título do texto prestava-se a trocadilhos mais ou menos grosseiros que a bonomia do ensaiador tolerava, intramuros, à irreverência dos jovens actores.

A coisa nem saiu mal; tanto que, resistindo à estreia, tratámos de rentabilizar tanto mérito com digressão pelas cercanias.
Na tarde em que a “companhia” exibia a sua valia em Arrabal, Leiria, o ensaiador esmerou-se na prévia apresentação e, já o público ria embaraçado há quase um minuto, quando o mesmo se deu conta de que nomear a peça de “Herodes, o nú”, se aceitável no intervalo dos ensaios, não se recomendava perante tão piedosa plateia como substituindo “Herodes, o cru”. Mas do mal, o menos: felizmente que a gafe não levou o desatento mestre para o outro vocábulo, de adequada rima, que ocasionalmente, e em alternativa, também soava nos bastidores.


Nicolau Marques

JANTAR 30 de JANEIRO! (2)


Meus Caros:


Opção 1:

Cofeccionado cá: Curral dos Caprinos ou outras alternativas ainda em estudo!


Opção 2:

Confeccionado em Oleiros e vindo na "carreira" no prório dia: Casa da Comarca da Sertã ou nas instalações do SVD (se for possível, seria uma boa opção. o que acham? a quem tem que se pedir?)


Aguardo v/ comentários!!!


Abraço,

Fernando Carvalho

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Artes & Artistas

Quem não se lembra do sucesso dos anos setenta, "The Rubettes" do Tortosendo?
Ora aqui vai um cheirinho e ficamos a aguardar que o Xico Barroso nos complete este momento inesquecível!

Artes&ARTISTAS * jesus-amaro

Para irmos alargando o leque de colaboradores/leitores talvez pudéssemos ir entrando por outros domínios: tanto das artes como dos artistas. Lembro, como exemplo, que uma das artes mais queridas e lembradas pelos ex's ,e não só, é o teatro. Muitos lembramos peças que foram representadas e o impacto que tiveram em nós; artistas de créditos firmados...e também experiências vividas na arte de representar. Entre elas recordo o dramalhão "Matei o meu filho...", onde pontificaram o então frater Manuel Soares (pai), da Bajouca/Leiria e o Fernando Mesquita (filho), um transmontano de Lavandeira/Carrazeda de Ansiães. Aquilo é que foi chorar... Como experiência própria lembro a minha primeira, única e última representação. Coube-me por insistência do ensaiador representar um dos "pastores natalícios". As falas eram curtas... mas a veia artística era/é ainda muito mais curta. Resultado: um drama. Chorei baba e ranho... mas lá consegui guiar os meus colegas até Belém de Judá... e o Menino condescendeu... 
j-a.

domingo, 14 de dezembro de 2008

são nicolau - jesus-amaro



Também eu tenho duas experiências dos meus "são nicolau". A primeira: coube-me num ano enriquecer a equipa dos tridentes. Um diabo um pouco gorducho e anafado, dentro daqueles trajes vermelhos, lá me movimentei o melhor que pude e a agilidade física me permitiu. Acontece que um dos condenados (o António Dias Duque, do Sardoal) que devíamos levar para as profundezas do inferno era um tipo "raçudo" e duro de músculo. Não aceitou a condenação sem mais e começou a oferecer resistência, ajudado pela sua turma. E o caso começou a ficar complicado porque era uma humilhação para os garbosos "mafarricos" serem enxovalhados e desacreditados. Entretanto começou a chover porrada feia de um lado e do outro. Puxões, socos, pontapés, vergastadas, empurrões, roupa rasgada... luta feroz entre os demónios infernais e o condenado e apoiantes. Por fim o tridente lá conseguiu vencer, a muito custo, a terrível batalha e levar o condenado para as penas-eternas. Uma segunda: coube-me escrever o discurso que o são nicolau deveria proferir em tom solene e vigoroso, antes das condenações. O são nicolau desse ano foi o noviço Fernando Novo, da Póvoa de Varzim. Foi um arrasar completo de cozinha e lavandaria. Não houve dó nem piedade. O resultado de tal discurso foi umas crises de choro e raiva da Ana e companheiras. Nunca tive coragem de assumir que fora eu o autor da catilinária. Provavelmente um pouco injusta...

S. NICOLAU II


Do que tu te havias de lembrar!

“Danado” tempo... nos tenros 9 anitos não sabia como acomodar tamanha “punição”. Não sei que falhas a valessem, tal era a carga emocional que lhe estava associada e nos era transmitida pela cumplicidade de toda a comunidade. Nunca mais, na vida – vivida, senti tamanha experiência, que mexesse tanto comigo, no corpo, no espírito e, sobretudo, na consciência.

Ainda hoje me pergunto, por que raio fiquei naquele estado? A quem teria, eu, feito tanto mal, para sentir aquela culpa e aquele medo de ser punido?

9 anos, faria 10 em Fevereiro!

Hoje, assumo este episódio, como uma espécie de “iniciação”, de excomunhão dos medos e dos preconceitos, que lentamente aprendemos a libertar. Era um ritual iniciático, fantástico, que nos conduzia à raiz de todas as questões – o bem e o mal, a vida e a morte, o acto e a consequência, a recompensa e a punição.

(O problema estava no “apito dourado”) – em quem decidia – porque haviam uns de receber prendas (....sabonetes, tesouras, corta unhas, escovas de dentes, pastas Colgate, recargas, papel cavalinho...) e outros, de receber a punição do “fogo do inferno”?

Mas, tinha que ser assim! Se não, não havia “Diabos Infernais”. Tinha que haver bons e maus, mortos e vivos, factos e punições...

Já viram coisa mais parecida com a vida em sociedade?

Foi justa a recompensa? Foi justa a condenação?

Também aprendi que há recompensas que nos limitam e condenações que nos libertam?

Obrigado S. Nicolau!

sábado, 13 de dezembro de 2008

S. NICOLAU


Todos os anos, por alturas do 6 de Dezembro (dia de S. Nicolau), me recordo da forma como a data era assinalada no Tortosendo. No ano de 1970, tinha eu entrado há poucos meses, foi terrível. Semanas antes, já a conversa dominante era a chegada do S. Nicolau, dos seus diabos e da morte (aquele esqueleto aterrador!!!). Então aqueles que se portavam mal, não era o meu caso..., tremiam com medo da condenação. Lembro-me de estarmos a jantar naquela sala que tinha o palco, apagarem as luzes e, entre relâmpagos e trovões, surgir um esqueleto movendo-se, subtilmente, com a sua gadanha. Aterrador!!!... Por sorte, nem esse ano, nem nos seguintes, fui um dos condenados e levados para o "inferno". Anos mais tarde, acabei por ser diabo e S. Nicolau. Ainda me lembro de, no final do discurso, dizer: "Diabos infernalis, ud statem apareatis". (Que me descumpem os "latinórios" pelos possíveis erros...).

Um abraço para todos

Rui Barata

JANTAR 30 de JANEIRO!




Parece distante! Não é?

Ora aqui vai a sugestão para o jantar, patrocinada pelo nosso "Tertuliano" Fernando Carvalho:

(Agora é só dizerem como preferem! Espero que este tema desperte o interesse para uma colaboração mais activa da parte de todos nós!)

Cabrito Estonado da Beira
Colaboração de João Pereira - Chefe de Cozinha

Ingredientes:

Um cabrito pequeno ;
15 dentes de alho ;
1 colher (sopa) de pimenta ;
1 colher (sopa) colorau ;
5 colheres (sopa) de banha ;
3 dl de vinho branco ;
Sal.
Confecção:

Limpe bem o cabrito.
Faça uma pasta de tempero com a banha, o colorau, os dentes de alho picados, a pimenta e o sal.
Barre o cabrito por dentro e por fora com a pasta de tempero.
Leve ao forno em assadeira de barro, se possível coloque a carne sobre uma grade feita com paus de loureiro (usados nas espetadas).
Enquanto assar vá regando com o vinho.
Sirva acompanhado de batatas assadas e esparregado

do Livro: Festas e Comeres do Povo Português
Editorial Verbo


ou desta maneira:


Ingredientes:

1 cabrito
10 ml de vinagre
150 g de toucinho gordo
100 g de banha
6 dentes de alho
sal
1 malagueta
1 cebola
10 ml de azeite
pimenta
salsa
vinho branco ou tinto
3 ovos cozidos



Confecção:

Quando se mata o cabrito, apara-se o sangue para um recipiente que contém algum sal e o vinagre, mexendo até arrefecer para não coalhar.
Se o cabrito se destinar a assar sem ser estonado, esfola-se. Para estonar escalda-se com água a ferver e pela-se (como se faz aos leitões), raspando-o com uma faca e um pano grosso. Esta operação faz-se normalmente por fases, isto é, mergulham-se as pernas e pelam-se; depois as costas e por aí adiante, até o cabrito estar como se fosse um leitão pronto a assar. Depois se abre o cabrito pela barriga, esvazia-se e lava-se muito bem, sem esquecer a boca e o nariz, onde por vezes se alojam insetos.
A fressura (fígado, rins, coração e bofes) põe-se numa tigela. Cortam-se as pontas das patinhas e do rabo.
Numa tigela, misturam-se o toucinho passado pela máquina, a banha, os alhos pisados, sal e malagueta. Com parte desta mistura, esfrega-se o cabrito por dentro. Entretanto, prepara-se o recheio: Corta-se toda a fressura em bocadinhos pequenos. À parte fazem-se um refogado com a cebola finamente picada, o azeite e a fressura e tempera-se com sal, pimenta (ou malagueta), salsa picada e vinho branco ou tinto. Quando este preparado estiver bem apurado, se junta o sangue e deixa-se ferver um pouco, mexendo. O preparado fica com aspecto de cabidela.
Retífica o tempero incluindo o vinagre, que pode não ter sido o suficiente. Fora do lume, juntam-se os ovos cortados em rodelas.
Recheia-se o cabrito e cose-se a abertura com agulha e linha. Esfrega-se agora o cabrito abundantemente com a mistura das gorduras.
Coloca-se num tabuleiro e leva-se a assar em forno bem quente, virando-o, de modo a ficar tostado por igual. Este cuidado é sobretudo necessário se o cabrito for estonado.
Come-se frio ou quente. Quando acompanhado com arroz ou, quando frio, com batatas fritas.

É só escolher... Agora é boa altura!

Abraço

FERNANDO CARVALHO
13 Dez 2008

ps. Como vêem, tudo está a ser preparado ao detalhe!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Magusto Lisboa - Nov 2008

A crónica, certamente, será feita no Lux Mundi pela pena do nosso Daniel, muito melhor que eu o faria aqui. Mas, fica em aberto, se o Daniel quiser escrever qualquer coisa sobre o magusto ou o que seja... nem precisa de ser convidado. Este espaço também é seu.

Por gentiliza do Daniel vamos poder antecipar algumas fotos do nosso magusto deste ano, bem organizado, bem recheado e bem frequentado!

Ora vejam! Só falta colocar as legendas com alguns dos nomes dos participantes correspondentes aos números das fotos. Isso podem fazê-lo nos comentários ao post, eu, depois completo.



Foto 1
Estarei a ver bem? Sou mesmo eu, o Bitor Gapar!... - Vitor, lá estás tu... diz o Fernando Carvalho. - Há alguma dúvida? Diz o Vitor Baptista!

Foto 2
Este sei quem é! O amigo Oscar na "debulha"


Foto 3
De copo em "riste" Xico Barroso, à esquerda o Fernando Carvalho e o Zé Manel Portas, de costas à direita o Registo e a sobrancelha do Vitor


Foto 4
As damas e o cavalheiro: João Ferreira e esposa, a Cristina com o filho do casal Ferreira ao colo. Um fofo!


Foto 5
Bidarra & Bidarra (O copo tem sumo!)


Foto 6
Pinto, ao centro, vai identificar os restantes companheiros!

Foto 7
O Daniel, ao centro, vai ajudar-nos a identificar este grupo de amigos. (Minha senhora, não precisa de ter vergonha, estão todos muito bem!)
Foto 8
Fico a aguardar comentários sobre a exclusividade desta foto!

Isto saiu um pouco tipo Caras, OLA ou coisa parecida. Mas é diferente, ninguém nos pagou para ir à festa...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Solidariedade e disponibilidade!


Foto:Presépio do Séc. XXI
Roubada aqui

Para além da amizade, camaradagem, cumplicidade que a todos nos une, também, a solidariedade e a disponibilidade, são valores que se desenvolvem (desenvolveram) entre nós. Fosse porque, faziam parte da visão do projecto missionário onde, na nossa adolescência, estávamos inseridos, fosse porque, "naturalmente, todo o homem é bom".

A solidariedade e a disponibilidade têm um problema em comum, a falta de tempo.

E, vamos fazer um teste com esta mensagem, para ver até onde chega a nossa falta de tempo neste Projecto! Primeiro, mostrando a nossa disponibilidade e, depois, apoiando (ou não) uma ideia solidária.

Ficou pelo meio de uma mensagem já publicada, mais ou menos ensanduichada, a ideia de apoiarmos, todos os anos, um dos Projectos Mãos Unidas. Retomo, de novo, a ideia porque a considero o motor solidário e que dará sentido missionário aos nossos convívios, mantendo, na origem, a chama acesa pelo motivo porque um dia todos nos conhecemos.

Era pois, importante saber, como se diz na mensagem se "em cada jantar, (podemos) reunir mais 1 euro, por participante. Esses euros, reunidos, ao longo dos jantares, serão depois doados a um dos projectos da SVD. Desta forma, libertamos as nossas consciências, de pensarmos (só) com a barriga e ajudamos a erguer algum projecto que terá muita oportunidade e utilidade para o povo que sofre e que é acompanhado por alguns dos nossos ex colegas"?

O problema vem agora! Dizer que estamos de acordo com o Projecto e que é uma boa ideia, não basta, é necessária a disponibilidade! Aqui entra a falta de tempo, aquela desculpa, eterna, que nos permite tudo.

Ora vejamos, se por falta de tempo não tivermos disponibilidade, a falta de disponibilidade não nos permite ser solidários,
logo, não sendo disponíveis nem solidários não vamos ao jantar.

Mas há uma boa notícia! O tempo que aqui vos falo, não é o "vosso" tempo (agora, os meus amigos já estão a pensar, o "gajo" endoideceu de vez - não estarão longe!).

É que o tempo que foi nosso... já passou!

Por acaso, existe por aí algum "senhor do tempo" futuro? De certeza, que não... Por isso a falta de tempo continua a ser a desculpa mais esfarrapada, que eu conheço, para o comodismo.

Organizemo-nos pois e o tempo será "nosso"!


Aceitam o desafio?
...respondam!


(Os comentários às mensagens já estão mais fáceis e operacionais, eram muito complicados de utilizar... já não são!)