quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Jantar do Sabor da Beira

Mesa compostinha
Com uma reduzidíssima participação de animados tertulianos teve lugar mais um jantar da nossa querida tertúlia onde  todos são benvindos e só faz falta quem está. Só não passamos sem a D. Garoupa, que nos deixa de saliva na boca enquanto a esperamos e nos põe de boca aberta quando chega à mesa. Entretanto, mastigamos umas palavras e matamos umas saudades, pomos as tricas e as tretas em dia e damos mais um trago de vinho que aquece e anima a alma. Nada de mais, nem de intelectualmente acima da média.
Beata Tempora - Formação original

Não me atrevo a chamar a este convívio, jantar de natal, embora se enquadre na época, tratou-se, se me permitem, de um simples jantar igual a tantos outros, onde os presentes se sentem bem e escolhem o lugar quando chegam. Umas vezes arrependem-se, outras não. Normal.

Depois de trincharmos duas garoupas e de nos deliciarmos com uma quantas garrafas do nectar de Baco, partimos para umas guitarradas e afinamos as gargantas com a ajuda dos "Beata Tempora", prata da casa, esforçada, treinada, honesta e generosa. Saiu tudo de dentro e com prazer. No Facebook do Sabor da Beira (quem ainda não conhece, que se ponha a caminho https://www.facebook.com/sabor.dabeira/) podem assistir a um autentico repertório testemunhado por diversos vídeos ali publicados. O contágio foi rápido, ao bandolim, ao adufe e à(s) guitarra(s), depressa se juntaram as vozes e se encorparam as cantigas e as modinhas.

Quantos eram? Não sei e também não fui ao jantar para contar espingardas, só para estar com os amigos. E estive. Atrevo-me a dizer, estivemos.

Combinamos para 28 de Janeiro, mais uma jantarada no Olissippo e, mais uma vez, todos estão convocados para comparecer. A seu tempo daremos notícias sobre o nobre evento, que marca mais um ano do Sabor da Beira como espaço de convívio entre ex verbitas e as suas famílias, que aproveito para convidar e para abrilhantar, ainda mais, a festa.

Boas Festas!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Improvável!

Ainda me recordo dos primeiros contactos em Fátima, nos encontros AAVD, e da ideia de "amigo improvável" que tive do Amâncio de Ronfe, tal era a sua espontaneidade, que eu confundia com a sobranceria de alguém "mais velho e iluminado". Durante muito tempo, foi esta a ideia que retive do Amâncio. Até que  deixei de o ver por Fátima e, fisicamente, nunca mais nos cruzámos. 
Nas novas encruzilhadas da vida, quis o destino que nos cruzássemos na improbabilidade do mundo digital, que chega a ser um "mundo muito mau" e, por outro lado, tem algumas coisa boas. O meu reencontro com o Amâncio, foi um desses momento privilegiados que nos tornou mais cúmplices (não me atrevo a dizer amigos porque o Amâncio já não me pode responder) e que nos permitiu conviver, quase diariamente, partilhando o que de mais verbita existia em cada um de nós. Não nos víamos e não falávamos fisicamente mas partilhávamos conversas, pensamentos, discussões, ideias, "birrices", coisas banais do dia-a-dia... que eu chegava a publicar e partilhar, quase religiosamente, na "palavra do dia do meu amigo Amâncio" no meu FB pessoal. Não sei se sabem, mas o Amâncio, no FB, tinha o costume de iniciar as suas "tretas" do dia, com um pensamento e, havia "maduros", onde eu me incluo, que o liam e o partilhavam com muita regularidade com os seus amigos, acrescentando os seus comentários, alimentando, assim, a discussão iniciada pelo Amâncio. E foi assim, durante os últimos anos, o meu relacionamento e a minha cumplicidade com o Amâncio. 
Mas não pensem que esta relação foi ingénua, hoje percorri o perfil do nosso amigo para recordar alguns momentos e deparei-me com alguns factos que eu desconhecia e que me "incomodaram". Alguns amigos meus, liam as minhas partilhas das "palavra do dia do meu amigo Amâncio" e para além de comentarem ou gostarem, tornaram-se seus "amigos" e estavam envolvidos noutras discussões, que eu nunca partilhei, nem conhecia, com o Amâncio. Esta descoberta deixou-me particularmente feliz por ter descoberto esta faceta de excelente comunicador do Amâncio e de ter contribuído para que outros pudessem
desfrutar a sua sagacidade, da clarividência com que "despachava" os temas e as "tretas", com sentido de responsabilidade, com a profundidade q.b. e sobretudo com uma honestidade intelectual de um grande Homem.
Foi um Amâncio "digital", diferente, aquele com quem convivi nos últimos anos, distante de uma outra personagem que conheci nos textos do Lux Mundi, da ceia dos notivagos, das Assembleias da AAVD de Fátima. Mais descontraído, mais tolerante, sagaz e inteligente.
Foi um privilegio Amâncio e concordo com o escreves no teu livro, Nariz Entupido ou Um Segundo Renascer: “Diz-se que estradas rectas e mulheres sem curvas só dão sono. É por isso que estes “percalços” nos vão mantendo vivos e sem o nariz entupido para continuarmos a rabiar.
…Vou reinventar-me e tudo fazer para jamais ter o nariztupido da historieta”.
Reinvente-mo-nos pois... dando à tua "partida" o mesmo sentido da proposta que nos fazes.
Até sempre Amâncio!