quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Artes & ARTISTAS: "O Mau Herodes" Pela Boa Mão do P.e Gonçalves

Em cima: José Carlos Pombo; José Carlos Duque
Em baixo: Nicolau Marques; Eulálio Figueira; Arlindo Costa; Luís Serrano; frater Rui (em trânsito para Irlanda); p.e Joaquim Domingos Luís ("Pisco"); Américo Oliveira; Carlos Bento; Agostinho Bruno Mónico.


As memórias dramáticas do Zé Amaro avivam-me as várias e gratas experiências teatrais que eu próprio vivi no tabuado do palco de Fátima - nos anos setenta ainda bem recheado de muito coloridos e realistas cenários, testemunhas das lendárias produções realizadas na década anterior.


Recordo com particular carinho uma peça que a arte e teimosia do p.e Valentim, à data prefeito do complementar, nos fez levar à cena no ano lectivo de 1976-1977. O título do texto prestava-se a trocadilhos mais ou menos grosseiros que a bonomia do ensaiador tolerava, intramuros, à irreverência dos jovens actores.

A coisa nem saiu mal; tanto que, resistindo à estreia, tratámos de rentabilizar tanto mérito com digressão pelas cercanias.
Na tarde em que a “companhia” exibia a sua valia em Arrabal, Leiria, o ensaiador esmerou-se na prévia apresentação e, já o público ria embaraçado há quase um minuto, quando o mesmo se deu conta de que nomear a peça de “Herodes, o nú”, se aceitável no intervalo dos ensaios, não se recomendava perante tão piedosa plateia como substituindo “Herodes, o cru”. Mas do mal, o menos: felizmente que a gafe não levou o desatento mestre para o outro vocábulo, de adequada rima, que ocasionalmente, e em alternativa, também soava nos bastidores.


Nicolau Marques

1 comentário:

  1. Caro Amigo Irmão Amaro, tenho a percepção que no ano de 1987, também foi levado à cena esta peça de "O Mau Herodes", pela mão do Padre António Manuel Lopes.
    O mau da fita era o BINO de ronfe.
    Prometo fotografias.

    Óscar Mota

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