quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Zé do Casalito

José Hipólito Jerónimo

(…)
Estadia romana: época risonha
O tempo de Roma (1954/58) perdura na minha lembrança como uma época soalheira. Teve dois tempos ou etapas diferentes, ambas de dois anos: noviciado, seguido de juniorado. O nosso responsável principal foi, durante todo esse tempo, o Pe. Leone Haberstroh. Preparava muito bem as conferências que nos dava sobre os mais diversos assuntos, de modo especial, meditação ou oração mental, algo de completamente novo na nossa experiência. Novo e exigente. Com efeito, não era nada fácil, para um jovem de 17 anos, manter-se focado durante 45 minutos, refletindo e orando silenciosamente sobre um determinado tema.
À meditação seguia-se a Eucaristia. Ao mesmo tempo que decorria a missa comunitária, no altar-mor, celebravam-se eucaristias individuais, em diversos altares laterais, dado que, nessa altura, ainda não havia eucaristias concelebradas. Ossacerdotes no Colégio romano eram bastante numerosos.
À Eucaristia seguia-se logo o pequeno-almoço, em silêncio, exceto ao domingo e à quinta-feira. Após o pequeno-almoço, havia algum tempo pessoal que era aproveitado para voltar às pequenas camaratas ou quartos, fazer a cama e arrumar o que fosse necessário.
Boa parte do nosso dia passava-se na sala de estudo, simultaneamente sala de estar. A primeira hora era de leitura espiritual, sobretudo do famigerado autor Rodrigues, mas também de outros livros piedosos. Nessa altura, a Bíblia ainda não constituía alimento espiritual diário. Isso demorou mais algum tempo a chegar. Penso, aliás, que só os noviços portugueses tinham o Novo Testamento em grego e latim.
De manhã, havia ainda aulas de Latim, Grego e Alemão, assim como conferências sobre a história da Vida Religiosa, da Congregação do Verbo Divino e outros temas. De tarde, geralmente não havia aulas.
(…)

A vida de um homem dá muitas voltas. Este saiu de S. Vicente da Beira e andou pelo Tortosendo,Guimarães, Fátima, Roma, Alemanha e Estados Unidos. Aqui sofreu os assassinatos de John Kennedy e Luther King. Regressado a Portugal, estudou em Coimbra, onde foi companheiro de turma do Artur Jorge e viveu a crise académica de 69. Depois, viajou com o Pedroto, o culpado de haver portistas a sul do Mondego. Na Polónia, sentiu que viria um João Paulo II e em África aprendeu o significado da palavra missionário.
As biografias são assim: retratam uma época, dispensando tratados fastidiosos.
Em qualquer casa SVD perto de si!

José Teodoro Prata

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Foi bonita a festa, pá

Muitos amigos, grandes emoções.
Disseram-se palavras tão bonitas
que não acho outras à altura.
As fotos dizem quase nada
deste maravilhoso encontro
de uma comunidade de amigos
de muitas geografias.
A coisa prometia,
tratando-se de quem era,
mas a realidade superou o sonho.
Tantos carinhos,
imensa boa vontade reunida
e as ucrânias e palestinas tão precisadas.
Foi bonita a festa, pá.
Vim muito contente!


O desfile da Fonte Velha para a Igreja
A banda filarmónica vinha atrás



Na Igreja, o Pe. Jerónimo com os do seu sangue
(porque seus fomos todos)



Os Sete do Minho + O Costinha da Capinha



Muitas fotografias, a imortalizar o momento
(O fotógrafo caçado é o Trindade - em linguagem do Tortosendo)




O melhor leitor do livro do Pe. Jerónimo
(Zé Henriques, Vasco e Trigais)



O descanso do guerreiro
Aquele coração aguentou tanto!




Parabéns a você...
Ficou prometida nova festa para daqui a 5 anos





Os estudos em Itália, na Alemanha e nos Estados Unidos apuraram-lhe o verbo,
o resto ficou por conta da emoção




Agora sob o olhar embevecido do trovador

José Teodoro Prata