sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

FESTA de S. JOSÉ FREINADEMETZ

Os Missionários do Verbo Divino celebraram por todo o mundo, a 29 de Janeiro, o Dia de São José Freinademetz.

A Casa SVD de Lisboa organizou uma Festa dedicada a este primeiro missionário verbita, oriundo de Oies no Tirol, que anunciou Cristo na China, onde veio a morrer.
A Eucarística, com início às 19.30, decorreu na capela do Seminário, que estava repleta com 80 pessoas, estando toda a comunidade verbita da casa e convidados. Presidiu o Reitor, Pe. António Lopes, concelebrando oito padres, sendo seis verbitas, um vicentino e um redentorista. A missa foi solenizada com cânticos acompanhados com órgão.

Na homília o Pe. Lopes teceu considerações à volta da célebre frase, pronunciada pelo Missionário Chinês: “a linguagem do amor é a única que todos entendem”.    

Finda a missa, o Reitor convidou todos os presentes para um jantar ambulante com self-service, que além de aconchegar os estômagos, foi um momento de franco e agradável convívio.

A AAVD respondendo ao convite, fez-se representar pelos Delegados Regionais: António Pinto e Vicente Almeida com as esposas, da Mesa da AG estiveram Antero e Nobre, e o associado António Reis. Da AMIVD esteve o José Carlos Martins e a Júlia.

Nesta iniciativa da Casa SVD de Lisboa, esteve gente de todos os núcleos em que os missionários desenvolvem a sua acção, em conjugação com as Irmãs Servas do Espírito Santo.

                                                                                        
António Pinto                       

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

o caminho dos cinco


Presenças:

  1. José V Freire e Anita (+ casal amigo)
  2. Daniel Reis e Lia
  3. Fernando Carvalho 
  4. Vitor Baptista e Cristina
  5. António Moura e Maria Gorete (+ 2 casais amigos)
  6. António Pinto e Olivia
  7. José Quelhas e Gorete
  8. Ismael Reis e Fernanda 
  9. Rui Freire
  10. João Freire 
  11. José Afonso Lourenço (+ amigo)
  12. Nicolau Marques e Vera
  13. José Peres Januário  e Sylvie
  14. Isabel Bessa (+ família)

Programa

dia 25 Janeiro - sábado

11:30 - boas vindas
13:00 - almoço da tertúlia
                    cabrito estonado
                    cabrito assado no forno
                    maranho
               convívio ("abrilhantado" pelo nosso amigo Rui Freire)
16:00 - inauguração da exposição OUTRA ARTE de José Freire
20:00 - ceia beirã
               "a noite é nossa" (Rui Freire)

dia 26 Janeiro - domingo

            pequeno - almoço


            

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Capeia raiana

Voltávamos ao Seminário no último dia de setembro e os primeiros dias eram passados a refazer os laços de fraternidade que nos uniam. Mas havia um grupo especialmente desleixado nessa tarefa: os raianos do Sabugal. Enquanto os alunos da Cova da Beira, da Gardunha e do Zêzere mineiro rapidamente entravam em velocidade de cruzeiro, os raianos tinham primeiro uma tarefa muito mais importante: contar uns aos outros como fora a capeia nas suas terras.
Juntavam-se em grupos numerosos e cada um contava os episódios mais extraordinários que tinham vivido ou a que haviam assistido. «Fui a Espanha e ajudei a passar as vacas para este lado, sempre ao lado delas.» ou «Os homens baixaram muito o forcão e a vaca saltou para cima e ficou presa nos paus.»
Nós, os leigos, andávamos em redor do grupo, a ouvir. Algum atirava uma provocação «Tourear com vacas, ah! ah! ah!», mas só lhe dispensavam o olhar de desprezo e dó que se reserva aos pobres ignorantes.
Bem podíamos nós, os de São Vicente, ainda mal refeitos das Festas de Verão, falar-lhes da grandiosidade da procissão do Santo Cristo ou do fogo de artifício, que eles pouco ligariam. Perante tanto fervor, nem tentávamos, receosos de cair no ridículo.
Por isso, quando há meses o médico Sanches Pires (o Zé Manel Patana da Lageosa) apresentou, em Castelo Branco, onde vive, um livro sobre as capeias da sua terra, eu não resisti e fiquei a compreender melhor o entusiasmo dos meus colegas. Soube que já foi apresentado na sua terá natal, que há outros livros sobre as capeias de outras terras raianas e que a capeia é agora património imaterial nacional.
Há dias recebi o Contacto e, num artigo do Zé Amaro, sobre os 50 anos da ordenação do Padre Vaz, lá vem uma foto da capeia como um dos acontecimentos mais marcantes da sua vida. ATÉ O PADRE VAZ, um homem tão acima das simples coisas terrenas! (No artigo, percebi que ele tem, sempre teve, os pés bem assentes na terra.)
Adolescente inquieto com tanto mundo desconhecido, um dia perguntei a um colega raiano o que era afinal a fronteira, o que havia lá a marcá-la. Respondeu-me que nada, o gado pastava dos dois lados e iam às festas uns dos outros. Então percebi que a fronteira era apenas uma linha nos mapas dos livros, uma coisa que só existia na cabeça de quem mandava.


José Teodoro Prata