terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Excursão (II)...



Caros amigos, vamos promover o próximo evento em Oleiros, no dia 30 de Janeiro, como já se aperceberam! Vamos começar a dar informações mais concretas sobre o evento à medida que formos reunindo as informação (ementa, transporte, etc.).

Para já, vamos adiantar a (suculenta) ementa e o preço. Apelamos para que iniciem as inscrições, com a finalidade de podermos decidir sobre o tipo de transporte, sem prejuízo da decisão, de cada um, em utilizar transporte próprio:

A melhor solução é o Restaurante "Maria Pinha" (Telm. 965 586 477 - mas chegados a Oleiros, basta perguntar pelo nome do Restaurante "Maria Pinha" - está toda a gente avisada e dará informações!) Tem capacidade para 200 pax, é um espaço recente, com excelentes condições para este tipo de eventos.

A D. Maria, segue, diariamente, através do nosso blog todos os desenvolvimentos, não é fabuloso? Com me dizia o Fernando Carvalho.

Assim propomos a seguinte ementa:
.....................................

Entradas:
  • Pão (broa e trigo)
  • Queijo regional (fresco e curado)
  • Presunto
  • Enchidos regionais

Pratos:
  • Maranho ou Bucho Recheado
  • Cabrito estonado "à moda de Oleiros", acompanhado por batata assada no forno, migas e arroz de miúdos

Sobremesa:
  • Tigelada, Arroz doce, Papas de carolo, Leite creme ou Fruta

Café

Bebidas:

  • Vinho tinto e branco (Herdade de Pias ou Esteva), Águas e Refrigerantes, Licor e Aguardente de Medronho
...................................

Almoço: valor por pessoa é de: € 22,00.
Preço previsível p/ pax de autocarro: entre os €12,00 e os €15,00, dependendo do nº de "viajantes"

Notas Adicionais:
Ora bem, com o Daniel Reis, reputado cronista da nossa tertúlia, já inscrito, a lista irá certamente começar a aumentar!

A logística deste evento (com cobertura jornalística já assegurada!) carece de algum tempo para que tudo seja devidamente organizado.

Seria muito importante que até dia 15 já se tivesse uma informação mais concreta do número de participantes. E é uma oportunidade de juntar amigos de todo o País!!! Mas alguém tem que começar a "encabeçar" a lista para mobilizar outros...

Para quem não possa ir de autocarro e pretenda ficar na noite de sábado informo que há em Oleiros um Parque de Campismo com uns bungalows em madeira fantásticos (e baratos...). É só dizer que poderei dar mais informações!

Para além do almoço está já confirmada a visita à única destilaria de medronho do concelho com produto certificado, onde nos será feita uma apresentação das instalações, de produto e do modo de fabrico.

Poderão fazer visita virtual em:
http://silvapa.com/

Mais uma razão para a viagem!

Além do Tiago Silva, acordeonista e antigo aluno, contamos também com a presença do Paulo Urbano, actual Presidente da Junta de Freguesia do Orvalho e que está a apoiar localmente esta iniciativa.


Acabo de ser informado pelo incansável Fernando Carvalho, que através do Paulo Urbano, temos  confirmada a presença do Presidente da Câmara de Oleiros como anfitrião, o que muito honra a nossa Tertúlia, que já conta com outras presenças que nos enchem de orgulho, são eles, os Pe. José Antunes, Superior da SVD em Portugal e o Pe. José Hipólito Jerónimo, Reitor do Seminário do Tortosendo.

LOCAL DE PARTIDA DE LISBOA - AUTOCARRO
  • Será na Casa do Verbo Divino, que a grande maioria já conhece, aí poderemos deixar os nossos carros e tomar o lugar no autocarro:


    Lisboa - São Domingos de Benfica R São Tomás Aquino , Lisboa1600-203 LISBOA


sábado, 26 de dezembro de 2009

A Excursão (I)...




O Joaquim, vai para uma mês, todos os dias pelas seis, ainda é noite serrada, solta com uma pancada seca o ferrolho da porta do curral e o silêncio, até agora, apenas violado pelo som firme dos seus passos, quebra-se numa corrida de mil pés, num trote abafado, com escorregadelas, com o som do roçar do pelo à passagem da porta estreita, lutando por um lugar no pelotão da frente e por uma lufada de ar fresco. Um bafo quente e um odor forte invadem aquele pedaço de rua estreita, em frente ao curral. Nada que incomode o Joaquim que, de olhar fixo, parecia contar cada uma das rezes que abandonavam o seu refúgio nocturno. Deu uma atenção especial a meia dúzia de rezes que parecia que não iam entrar naquela corrida desenfreada rua  acima. Pachorrentas, esperavam à porta do curral, obedecendo a alguns sons do Joaquim, abafados pela azafama geral. Por fim, lá se decidiu o impasse. Uma boa dezena de cabrititos, frenéticos, sem saberem onde era o seu norte, foram saindo e entrando  no curral, saltitavam, afastavam-se ligeiros, "alegres" e corriam, de novo, para a protecção materna.Tudo sob o olhar atento do Joaquim, que quando deu por finalizada a saída de todos os animais empurrou, com um só golpe, a porta que raspou ruidosamente a laje para se estatelar na aduela, ajustando-se de uma só vez,  produzindo o som seco da madeira a bater, soltando-se o ferrolho sem mais.

A cabeça do rebanho já dobrava a primeira curva, ainda o Joaquim, com um ar intrigado observava as novas rezes, como quem tem que tomar uma decisão para breve. Com o seu leve cajado polido e luzidio do uso, deu um toque na “amarela”, a mais velha das rezes, dois assobios e ala, rua acima, cabras e cabritos irrequietos, com o Joaquim, gorra preta na cabeça, saco da merenda a tiracolo, cajado perpendicular ao tronco, a fechar aquela procissão.

Agora, ainda são uns bons três quartos de hora, até encontrar uma zona de mato fresco, suficiente para alimentar aquelas bocas que tudo devoram. Os cabrititos eram uma dor de cabeça naquelas andanças, ora se afastavam do rumo, ora se chegavam às tetas maternas, ainda secas das mamadas da noite, atraídos pelo cheiro a leite, próprio das cabras acabadas de parir... não paravam e aquietavam as mães, obrigando a vergastadas, certeiras, mais constantes, para lhes acertar o passo e o rumo.

Os últimos muros que delimitavam as propriedades, já ficaram para trás e entrevam nos domínios mais altaneiros, quase virgens, da Serra do Moradal, o objectivo é chegar a um pasto que saciasse tamanho apetite. Não se podia descurar a água, por volta das onze, convinha dar de beber ao gado. Acalma,  com a sensação de saciedade que a água lhes confere.

Por fim, a meio da manhã, o Joaquim decidiu. Ia apartar os cabritos. Já vai sendo tempo. Vai precisar de roçar um molho de mato para deixar aos cabritos na manhã seguinte, vão ficar separados das  mães e vão ter que se habituar a sobreviver por si, forçando-os a uma nova alimentação que lhes conferirá mais robustez e, em função do destino, um sabor inconfundível. Para a semana, já podem acompanhar o resto do rebanho, ganhando consistência e apurando as carnes, mercê de uma alimentação única no mundo, que lhe confere características e paladares, reconhecidos pelos apreciadores mais exigentes.

 Dia 30 de Janeiro já estarão no peso... e na "conta"!

Levantado o véu:
A arte do Cabrito Estonado

Maranhos e cabrito estonado fazem parte da tradição pascal em Oleiros - RTP Noticias, Vídeo


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal - Uma Luz que aquece nas terras frias do Canadá


Clique na imagem para ampliar!

A vela gigante com que vos desejo Bom Natal é feita com as peças de roupa velha que cada um de nós, na comunidade de Santa Cruz, foi convidado a trazer no dia do sacramento do Perdão.

Com este gesto quisemos deixar todas as vestes do desamor para nos vestirmos da graça do Natal que é Deus connosco.

E na noite das nossas vidas surge uma chama de luz.
Santo Natal para todos


Pe. José Maria Cardoso

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Carta do Xico


Em verdade, em verdade vos digo: se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda poderíeis mover montanhas. Todos sabemos que vem nos Evangelhos. O Capítulo e Versículo, saberão Zé Antunes, o Zé Leitão e outros claro.


A minha perplexidade: a vossa falta de um mínimo de fé. E tudo isto a propósito de quê? Do vosso espanto do Sabordabeira ter conseguido comemorar o seu 1.º aniversário.


É um espanto bacoco, deixem-me que vos diga, para quem teve o privilégio de ter tido uma instrução e uma educação como a nossa, que são em meu entender, os pressupostos básicos para uma vida minimamente equilibrada e feliz, como parece ser a dos convivas do grupo.


Gostava mesmo é que me explicassem porque raio acabaria um projecto como este que só tem razões para o sucesso. A primeira e mais importante, foi definida pelo nosso guru, que também acode por D. Corleone ou mesmo por Vítor Baptista, que todos temos a sorte de ter por amigo e que consta no artigo único em que assenta o Grémio: “sem pretensões, sem responsabilidades colectivas, mas com a consciência individual de que todas as coisas se fazem apenas se cada um se empenhar”.


Há pessoas com este carma (ou será Carmo?) de comunicar aos outros um grande sentido de amizade e de humanidade (aliás já me constou que todos os grandes padrinhos da máfia tinham este dom).


Depois o que é o Sabordabeira? Aí perguntamos ao Daniel. E ele dirá na sua bela prosa poética, como já antes o disse: “… é o sítio da amizade entre beirões de gema”. Não é bem assim, mas desculpas-me, não desculpas Daniel?


E eu tenho uma última pergunta para vós, meus amigos, e como uma sonda a lanço nas vossas almas para lhe conhecer a profundidade: quem numa sociedade consumista, do descartável, do individualismo que gera a indiferença, o mais maligno dos males do nosso tempo, que nos tolhe de lutar por grandes causas ou grandes ideais (cá estou a exagerar, acabei de ouvir na televisão que há imensos gajos a lutar, vejam bem a causa, o casamento entre rabetas. Isto está pior que na Grécia antiga e como me parece uma causa completamente disparatada, vou continuar).


Repito, quem numa sociedade completamente esquizofrénica como a nossa (vejam só um dos exemplos que tenho para vos dar e isto já foi há uns anos. Em frente ao Trabalho do Tó Rui, ou seja, ao Ministério da Educação, um belo dia de manhã ia eu para o trabalho, para o meu claro, que era ali perto e deparo com o quê? Um guarda republicano numa potente BMW, fardado a rigor, botas altas tão bem engraxadas como as dos seminaristas e pasme-se, umas valentes esporas a brilhar. E isto é normal?) não dá tudo por tudo para poder estar no sítio da amizade? No sítio onde se sente uma vibração indelével que nos une, onde se sabe que o que dizemos é entendido, porque de certa forma usamos a mesma linguagem pois que fomos configurados nos mesmos conceitos (como diria o Zé Duarte que é um sábio destas coisas), em suma, um sitio tão convívial, fraternal e acolhedor como outrora foram as tabernas das nossa aldeias para os nossos avós e onde agora como outrora, na celebração, corre também água da vida (que já me deixou quase morto) e que dá pelo nome de medronheira.


E o que mais me agrada em tudo isto é nome: sítio da amizade, que é bem melhor que sitio do pica-pau amarelo. Não acham?

Um abraço

sábado, 5 de dezembro de 2009

Dia de Natal - Por António Gedeão


O meu presépio é igual ao teu?

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Silêncio! (Segredo?)



Ando virado do avesso. Todos as semanas me chegam, por correio electrónico, uma mão cheia de artigos de opinião de tirar o fôlego. Realistas, críticos, factuais, mordazes. Vêm de todos os quadrantes! Todos concordam numa coisa, o país está doente e débil. Comparando-o a um fruto com lagartas e bichos que o destroem por dentro em redor do seu coração. Silenciosas, escolhendo, por ora, os órgãos menos vitais que vão permitindo ao país manter uma pele de fruto saudável, com Cimeiras Ibero-Americanas, Tratados de Lisboa, candidaturas a Campeonatos do Mundo de Futebol, tudo cheio de pompa e circunstância, como se a cesta da fruta fosse só de fruta sã e, por isso, coisa para durar muito.


Entretanto, por cá, continuam acontecendo muitas coisas que nos indignam a todos a julgar, novamente, pela quantidade de mensagens que circulam diariamente entre nós, cuja origem e autoria é, invariavelmente, dos mesmos autores. Isso é preocupante! Faz-me lembrar o tempo em que (quase) todos sabiam umas anedotas para contar aos amigos! Agora, poucos as sabem ou se lembram de uma anedota, elas circulam pela net e ninguém lhes liga! Nem paciência há para as ler até ao fim, que é onde, normalmente, está a piada. Isso, ainda me preocupa mais!


Já começo a ver estes artigos de opinião seguir o mesmo destino das anedotas. Realistas, críticos, factuais, mordazes, circulando pela net e pelos Jornais, mas ninguém lhes liga! Depois, continuo a ver as lagartas no seu banquete, serenas, silenciosas, cada vez mais viscosas, famintas de saciedade tão fácil, a aproximarem-se do coração e da pele do pobre fruto, carcomido e com sinais de envelhecimento precoce. E, nós, impávidos e serenos, a passar mensagens de indignação pela net, que terminarão, invariavelmente, no esquecimento e na indiferença da anedota.



Olhamos para o cesto e identificamos, certeiros e silenciosos a fruta podre! É aquela, está ali...


Os senhores que caçam lagartas e que deviam separar os frutos podres, ou em vias de apodrecimento, dos frutos sãos, evitando a sua contaminação, pedem e exigem... silêncio meus senhores, silêncio, silêncio, (...as lagartas não gostam de ser incomodadas?) porque ser houver gritos ou “paulada” (OLHA A LAGARTA! OLHA A LAGARTA!... AGARRA QUE É LAGARTA!... PISA, PISA, QUE É LAGARTA!...) o bicho foge!



É o que dizem os senhores que caçam lagartas!





sábado, 28 de novembro de 2009

Ontem como Hoje! Nada aprendemos?

Ou é da própria natureza de "ser" Homem?


(Clique na imagem para melhor leitura!)

Enviado, msg, pelo Augusto Martins.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amanhã como ontem!


Não o entendo de outra maneira. Libertos de qualquer compromisso, mas donos da consciência que nos balança, impulsionando as acções que nos motivam até hoje.

Talvez seja difícil entender um projecto sem pretensões e pronto a terminar no momento em que deixar de fazer sentido para os que o alimentam – todos os que participam e lhe dão forma física, todos os que participam dando o seu feedback e a todos os que aderem às iniciativas e dinamizam esta tertúlia.

É um desafio individual? Sem dúvida! Mas, para todos os que nele quiserem entrar ou sair. Não tem carácter permanente nem vinculativo. Vive de uma espécie de adesão por impulso, que justifica a imprevisibilidade de tudo o que anunciamos. Umas vezes conseguimos, outras não! Mas que importa, só se consegue o que se quer e é por isso que as coisas nos Sabem Bem.

Amanhã, estaremos por cá? Talvez...

Aceito que alguns nos detestem, porque é assim!

Vítor Baptista

"Sabores Novos"! UM ANO


Caros amigos,

Esta “recuperação” de velhas amizades e doutras que surgiram, pela feliz circunstância de termos “comungado” as mesmas vivências, aprendido com os mesmos pedagogos e sentido o mesmo espírito verbita, é muito reconfortante. Uma emoção forte!

Durante este último ano aconteceu mais do poderíamos imaginar!
Sem pressões nem obrigações. De forma natural e espontânea!

Parabéns ao “Sabor da Beira”. Que viva por muitos e bons anos!

Abraço,

Fernando Mateus Carvalho
Tortosendo 1972/1977


Um Único Estilo de Vida não é Viver, é Ser!

Não nos devemos apegar assim tão fortemente às nossas tendências e temperamento. O nosso talento principal
é sabermos aplicar-nos a práticas diversas. O estar vinculado, e necessariamente obrigado, a um único estilo de vida não é viver, é ser. As almas mais belas são as que têm mais variedade e flexibilidade.
Michel de Montaigne, in 'Ensaios - De Três Espécies de Convivência'"

PARABÉNS E... MUITOS ANOS DE VIDA!


É madrugada de dia 25. Faz hoje um ano que o Vitor "deu à luz" (salvo seja!) o nosso "Sabor da Beira". Em boa hora! Provavelmente, nem o mais optimista de nós esperaria o sucesso que tem sido. É um espaço que nos aproxima e nos incentiva a mantermos acesa esta chama que se acendeu no dia em que entrámos na Congregação do Verbo Divino. Estou grato a todos os que, de alguma forma, têm alimentado este projecto e espero que, cada vez mais, vamos marcando presença, aqui ou nas várias iniciativas que vão sendo propostas. Que, daqui a um ano, possamos assinalar esta data ainda com mais entusiasmo. Será bom sinal.
Um abraço a todos
António Rui Barata

terça-feira, 24 de novembro de 2009

À cata de ovelhas - Por J Amaro


1º aniversário do SB

À cata de ovelhas

E as “ovelhas perdidas” que voltaram ao aprisco ou olharam para o aprisco com outros olhos? Foram muitas? Poucas? E o que é que isso importa? Não há muito sem pouco, por mais que os que têm muito o neguem...

Para o Senhor bastava uma para deixar as 99, por sua conta (delas) e risco. No SB foi ao contrário: a pobre “perdida” é que foi à “cata” das 99. E encontrou algumas, mas muitas mais andam por aí: arredias – nem se sabe bem porquê, ou até se sabe –, tristonhas, amedrontadas com uma parte da sua história... mas qual é a história que não tem os seus medos? E, quem sabe se um dia não resolvem voltar também?! Parabéns a quem o pensou – ao SB - e lhe tem dado o penso e a alma. Força, Vítor. Esse mérito é teu e de mais alguns poucos entre os quais não me incluo, por modéstia.

jesus amaro

UMA LUFADA DE AR FRESCO - Por A Pinto


A criação do Blog Sabor da Beira veio preencher um vazio existente, proporcionando um espaço de comunicação entre os antigos alunos verbitas. Sem esta tertúlia o contacto estava restringido à comparência nas actividades regionais, que se limitavam ao Magusto e à Sardinhada. Quando calhava em dias em que já se tinham assumido outros compromissos, a participação ficava adiada por mais um ano. Restava a comunicação através do Lux Mundi, para irmos mantendo alguma ligação à associação.

O contacto através do Blog e a realização de um jantar de dois em dois meses, veio criar mais hipóteses de convívio entre os verbitas da Zona Sul. Havendo seis jantares ao longo do ano, quem falha uma data por afazeres, fica com a possibilidade de participar no seguinte. Mesmo quando não se vai, pode-se “saber como foi” logo em cima do acontecimento através do Blog.

Outra vantagem é que podemos ir “beber água à fonte”, quando temos tempo disponível para isso, pois cada um acede à página da Internet quando lhe dá jeito e tem tempo para tal.

Como observador atento da vida associativa, constato que se gerou uma nova dinâmica com o Blog, que tem uma capacidade de rápida mobilização, servindo como exemplo o Jantar de homenagem ao Pe. Lúcio, que foi convocado com uma antecedência inferior a dois dias. Por outro lado, temos à nossa disposição um espaço de diálogo e comentário sobre o que é exposto. È um sítio onde podemos opinar sobre assuntos de interesse geral, que tem proporcionado reflexões interessantes! E ainda … local de notícias da nossa gente!!!

Há a referir que foi através do Blog, que o Irmão Amaro deu a conhecer a carência do ex-aluno Cardoso, gerando uma onda se solidariedade que se mantém até o problema estar solucionado, ou seja, a casa reconstruída e ele dispor de uma habitação digna para morar com a mãe.

Já que me estou a manifestar, permitam-me que registe um “ se não”, que me deixou um pouco triste. Refiro-me ao Jantar de 22 de Maio/2009, em que foi feito um apelo à participação no Encontro Anual de Fátima, e dos 23 presentes ninguém fez um esforço para lá estar! (Salvo três mais antigos que são habituais neste evento). Mas há a registar a boa adesão do pessoal ao Encontro do Tortosendo e ao Magusto de Lisboa. Estou confiante em que a resposta ao Encontro de Fátima/2010, já marcado para 29 e 30 de Maio, possa merecer uma boa presença dos tertúlios do BLOG Sabor da Beira.

Nesta data do 1º aniversário, felicito os mentores desta bela ideia de lançar o BLOG, os que têm mandado textos e fotos, bem como todos os utilizadores, e de modo especial o “grande mentor da página” e o “organizador dos jantares”, os nossos Vítor Baptista e Fernando Carvalho.

Saudações a todos, menos a um, e até sempre

António Pinto

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Uma Preciosidade - O Beata Tempora!

Quando perguntei o título desta interpretação, que tanto entusiasmou experientes convivas e muito admirou aqueles que da vida ainda muito têm que aprender, foi-me respondido e escrito: "O Beata Tempora"!

Após uma pesquisa sobre o tema, encontrei-lhe outro título, "Bacchanallia", os erúditos que se entendam! Aproveito para deixar a letra:






É com esta alegria, entusiasmo e entrega que vos deixo as últimas imagens do magusto, aproveitando, mais uma vez, para dar os parabéns à Organização da Delegação da Zona Sul e a todos os que compareceram e fizeram a festa acontecer!

Vários Temas - Versões curtas

Curtas porquê?
Um espectáculo completo, normalmente, tem um custo! Neste caso era o da presença... assim ficam com uma ideia e, na próxima, não faltem!

Tia Anica - Tia Anica


A Plaina Versão II



Oh! Laurindinha



Ao Passar a Ribeirinha



Tiro-Liro-Liro-Ló

domingo, 22 de novembro de 2009

Com Maestro a Plaina Corre(u) Ligeira!

Fez-nos lembrar o saudoso Maestro Rosa Soares, que iniciou muitos de nós nos primeiros acordes! O Registo foi incansável, na afinação das vozes, no incentivo ao público e na coordenação com os fabulosos músicos.

Queria realçar que mais uma vez se verifica que, não é preciso muito para a alegria, o entusiasmo, o humor, a festa da vida entrar nos nossos convívios de uma forma natural. Não é fácil assistirmos a este fenómeno no nosso dia-a-dia, existe uma espécie de "vergonha" que nos tolhe e não nos deixa libertar o que de melhor há em nós, a alegria genuína!

Aqui, acontece! Temos que nos reunir mais vezes...


Todos Me Querem!


Mas ninguém os levou! Foram sós para casa... mesmo assim foi mágico e plástico! Que movimento...

Um clássico do folclore tradicional português, uma interpretação de acordeon e sanfona de "mão cheia", só possível pela irreverência e capacidade destes dois artistas.

Apreciem, enquanto comem umas castanhas!


Lista de Presenças - Por António Pinto



No apuramento das contas se reuniu um DONATIVO de 150 Euros, que vai ser encaminhado através do Irmão Amaro, para a reconstrução da casa do Cardoso, da Barreira no concelho de Leiria.

Os Delegados agradecem a oferta das castanhas, feita pelo Antero Nabais Paulo.

Um abraço,
António Pinto

MAGUSTO/2009 – Zona Sul

Presenças:

Albertino Antunes

Aníbal Gama, Otília, filha e 3 amigos

Antero Nabais Paulo

António Farinha Lopes

António Jorge Portas

António Paulos

António Pinto e Olívia

António Registo

António Reis

António Rosinha e esposa

António Rui Barata

António Vicente Almeida e Luísa

Apolinário Mendes e Maria

Daniel Reis

Fernando Carvalho

Filipe Seguro

Francisco Jerónimo

Francisco Magueijo e Mª de Jesus

Henrique Barata Nunes

Henrique Neves e 1 amigo

Ildefonso Moleiro

Joaquim Bernardo Monteiro

Joaquim Corista, Isabel e neto

José Carlos Martins e Júlia

José Delgado e Edite

José Freire e Anita

José Prata Candeias

José Manuel Portas

José Quelhas e esposa

José Magalhães e esposa

Luís Garcia

Luís Rebelo

Manuel Antão

Manuel Nobre

Nelson Mota Gil

Nicolau Marques e esposa

Óscar Mota Gil e 2 amigos

Ricardo Figueira, Nélia e filha

Vítor Carmo Baptista e esposa

Pe. António Leite

TOTAL: 64 presenças, sendo 40 ex-alunos 15 Esposas, 3 filhos/netos e 6 amigos

NOTA: Em relação a 2008 estiveram menos 11 pessoas, verificando-se a quebra em relação a esposas e filhos, certamente devido ao tempo chuvoso que se verificava.


Um "Malhão"

Para entrada não podia ter sido melhor a escolha destes, verdadeiros, artistas!


Preliminares!

Não se inicia uma actuação sem a sugerida afinação. Era daqui que saiam os primeiros acordes, ao longe e que já anunciavam uma animação bem genuína e ao melhor nível! Foi com "Prata" da casa, sim senhor e "Veiga" quem vier.

Ora escutem este prelúdio, que podia sido gravado em Viena, na preparação da actuação de uma qualquer Orquestra Sinfónica!

sábado, 21 de novembro de 2009

Magusto 21 de Novembro - AAVD

























A Delegação da Zona Sul está de parabéns! Entre os muitos que compareceram e de que amanhã daremos boa conta, através da exigente lista do nosso António Pinto, também veio o Jaime, que tive o prazer de conhecer e, que, faz 50 anos, anda arredado destas lides! Para uma instituição que conta com 60 anos de vida (SVD), é notícia!

Posso dizer-vos que a representação era geral, como podem observar nas fotos. Todas as gerações estavam representadas e o saldo foi um belo "caldo" de convívio, com castanhas, água-pé, geropiga, outras pingas e petiscos, sobremesas, cafés e digestivos e muito boa disposição à mistura!

Ainda não estávamos refeitos do efeito desta saborosa tarde quando, bem ao fundo, se ouviram, tímidos e gemidos uns acordes envergonhados... Depois vão ver no que isto deu!

obs: as imagens não têm legendas? É de proposito! Quem tiver dúvidas pergunta... assim fica mais (inter) activo!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Encontro na Beira Baixa em louvor do padre Lúcio - Por Daniel Reis

À esquerda, na foto, o padre Saldanha. Talvez alguns se
recordem dele, em Fátima: era um defesa central, dos que batem um tudo
o que mexe. À direita, o Albertino Antunes
Joaquim Barroso e o Maurício em acção, pela noite dentro
Virgílio Domingos, Francisco Magueijo e padre Hipólito
O grupo reunido à porta da capela, na saída da missa
Brito (da Direcção da AAVD) e Fernando Carvalho à conversa
no pátio do seminário do Tortosendo

Quatro alunos do 1º curso no Tortosendo, revendo o p. Lúcio.
Da esquerda para a direita: Francisco Jerónimo, Apolinário, Serra e
padre Hipólito


Como é uso acontecer todos os anos, mais uma vez a malta da Beira Baixa e que passou pelo Tortosendo, em jovem, se reuniu no Seminário no último sábado do mês de Outubro. Dispenso-me de lhes dizer que foi animado e muito fraterno, pois é assim todos os anos. E talvez seja por isso, ou pela eterna recordação dos primórdios de vida na SVD, que eu tanto gosto de participar nos encontros do Tortosendo e há anos faço questão de nunca faltar, faça chuva ou faça sol. Só que, desta vez, havia motivos espeicias para o regresso ao berço de partida para a vida adulta.

Em primeiro lugar, estava lá o padre Lúcio e escuso de justificar por que razão isso já era especialíssimo. Só não me alongo nos pormenores, porque ele voltou depois a privar connosco na Valenciana, como se pode verificar neste nosso sítio da amizada entre beirões de gema. Aliás, no primeiro andar do edifício estava bem à vista a razão da sua presença. É que a SVD fazia 60 anos de entrada em Portugal, pelo Tortosendo, e organizou para assinalar a data, uma comovente exposição sobre essas seis décadas de vida em Portugal. E como o padre Lúcio fora um dos pioneiros e o maior angariador de vocações pelas aldeias em redor, o Superior provincial convidou-o para vir do Brasil (de Belo Horizonte, onde reside) inaugurar a exposição. Vão por mim: não percam a oportunidade de visitar a exposição, pois ela vai continuar durante todo um ano. E com um pouco de sorte, são capazes de encontrar lá as vossas fichas de alunos (eu, por exemp'lo, descobri que o meu número de inscrição era o 369), o vademecum que tantos de nós recordamos, o manual de comportamento e até livrinhos de cânticos e uma selecta (a stencil) de ingénuos poemas brasileiros, nomeadamente sobre o jogo da bola, dito futebol. Serviam para recitar nas nossas festas, se bem se lembram. É uma delícia, para já não falar nas formas de fabricação manual das hóstias.

Dada a presença do padre Lúcio e como toda a atenção se concentrou nele, desta vez talvez tenha havido um pouco menos de folia e cantorias, se bem que o Maurício não tenha deixado os seus créditos por mãos e violas alheias. De qualquer modo, eramos uns noventa e tal e ninguém terá dado o tempo por perdido. Ainda por cima e como manda a tradição, assaram-se e comeram-se castanhas e cirandou uma bela pinga, até bem entrada a noite. Asseguro-vos que foi um sarilho arrancar alguns dos mais devotos às castanhas e à geropiga, para a longa jornada de regresso a casa, noite fora.

Para mim, especialíssimo também foi ver a festa do reencontro com o padre Lúcio de cinco dos seus pupilos do primeiro ano de actividade do Verbo Divino, no distantíssimo ano de 1949. Quatro deles estão na foto que vos envio. O quinto (José Simões, da Capinha) chegou mais tarde e já não foi a tempo de entrar na foto.

Daniel Reis