quinta-feira, 31 de março de 2011

Isto, está a dar que falar!

A Vaca Jarmelista virou notícia de telejornal, e não passa um dia que não se fale do assunto, nos media ou nos social media. O grande impulsionador desta iniciativa é um nosso conhecido e amigo, o Agostinho da Silva, do Jarmelo, a sua grande paixão e talvez a sua maior teimosia, claro está, depois da sua amada.

Com uma das suas paixões... será a Carmelita?
Bom, chamemos-lhe paixão e assim justificamos a persistência com que tem conduzido e travado estes seus combates. A paixão e a persistência são o cocktail que alimenta a sua crença, o seu querer e, fundamentalmente, o seu fazer acontecer cada causa que abraça e recebe o selo de "realizado". Lembro aqui, a realização do Festival de Folclore da Guarda, o cortejo de carnaval, de que é um grande impulsionador, o reconhecimento da raça bovina Jarmelista, como raça autóctone, defendendo não só a sua continuidade, mas evitando a sua contaminação e o seu desaparecimento. 

Por tudo isto o Agostinho merece aqui o seu destaque, confirmando-lhe a certeza de que todos nos orgulhamos de pertencermos ao seu grupo de amigos. 

É com gente desta fibra que Portugal se realiza, no Jarmelo, como em Lisboa!

Podem ver a reportagem completa aqui, ao minuto 6,04', sensivelmente.

sábado, 26 de março de 2011

26 de Março de 2011 (1)

Vista geral de sul para norte...


Vista geral de norte para sul..

Entre uma cantiga, a cavaqueira e a "branquinha"...

O Daniel, resistente... preocupado com o seu SCP

O adufe, a guitarra e a alegria...

D. Casimiro, ao telemóvel, fecha contrato, atrás de contrato....
Então, lá deitamos abaixo duas garoupas assadas no forno, que estavam uma delícia, uns de tinto em riste, a maioria de branco alentejano que escorria de maravilha, animados pela cavaqueira, nem resíduos deixaram para testemunhar a nossa presença, se dúvidas houvesse.

A garoupa inspiradora, merecedora de uma salva de palmas, deu o mote para a noite que estava para vir, um autêntico "regabofe", no sítio certo, há hora certa e com todos os que estavam presentes, só visto e ouvido... mas posso dizer-vos que a palavra alegria, traduz o sentimento reinante, cheio de brilho, música "da nossa", com aquele episódio do Madeira e do Zé Manel pelo meio, com um vira ao vivo, logo secundado por um coro de vozes. E, por aí fora, agora esta, mais esta e olha esta... foi um desassossego dos bons! Não sei se os convivas repararam, mas até os empregados das outras salas vinham assistir, quando o serviço aliviava!

Lá estava o núcleo duro, como já lhe chamam e mais uma vez cumprimos o nosso desafio, de nos juntarmos, com o objectivo de estarmos juntos... porque gostamos! Se outros não houvesse, que os há, este era suficiente.

Digo-vos, nunca tão poucos fizeram tamanho arraial!

Em Maio, com alguns ajustes, devido ao Encontro em Fátima, temos, de novo encontro marcado... para combinar a sardinhada!

sábado, 19 de março de 2011

Permitam-me...


José de JESUS AMARO

Hoje é vê-los e ouvi-los de boca cheia a falar dos velhos, a que eufemisticamente gostam de chamar idosos, dos pensionistas ou reformados, de pensões de miséria, de reformas vergonhosas... como se os seus antecedentes familiares e laborais lhes dessem alguma autoridade para falarem e içarem essas bandeiras.
Definitivamente: não gosto deles, não acredito neles, incomodam-me terrivelmente com os seus discursos falsos e deslavados, nos quais os culpados são sempre os outros e os justos e inteligentes são sempre eles. Preocupados? Como? Se nunca o foram?! Interessados? Como? Se quando eram donos dos grandes latifúndios e das grandes fábricas exploravam os seus trabalhadores até ao tutano, pagando-lhes salários de miséria? Quando não os ameaçavam com o despedimento se, porventura, se atreviam a reclamar ou a pedir uma nesga de aumento!
Somos, porventura, o povo mais desmemorizado do mundo. Não só do hemisfério Norte, deste (sim!) e de todos os hemisférios que há ou ainda hão-de surgir por aí.
Não gosto deles quando arrotam saberes e razões como quem acaba de encher a mula num lauto banquete, regado com bons vinhos e encerrado com deliciosas sobremesas. Enojam-me porque não têm pudor! Não que me incomode o que comem ou deixam de comer... A mim basta-me o pão e a água!
Conheci este país na minha querida beira baixa (a região que tem a mais bela luz natural do mundo!), descalço no verão, mas também no inverno, apesar do frio e da chuva, porque não havia dinheiro para botas e muito menos para sapatos. Conheci-o à luz de uma candeia a petróleo (pois o azeite era sempre pouco para o caldo e as batatas), porque electricidade era luxo para aqueles que agora tanto se preocupam com os pobres (noutros tempos sabemos, de fonte segura, que não foi assim). Conheci-o num tempo em que o centeio e a broa eram o pão nosso de cada dia e que bem sabiam temperados com a fome esguia que por ali se passeava sorrateira e silenciosa, já que ninguém queria dar parte de fraco.
Era assim...
e não adiante virem agora com as desculpas esfarrapadas de que tudo está mal, que antes é que era bom, que o escudo era uma moeda forte... etc...etc...
Mas o que é isso!? Querem fazer-nos parvos? Provavelmente até o somos... mas não tanto nem tão desmemorizados. Andam por aí com manifestações e greves? Óptimo! Façam-nas! têm direito a isso e muito mais. Querem armar-se em vítimas, pois força, que se faz tarde! Estão “à rasca”? pois que se aliviem, onde e como forem capazes! São deolindos? e estudam para ser escravos? bom proveito lhes faça. Só que, como todos sabemos, eles, na sua grande maioria, nem sequer estudam, como querem chegar a ser escravos? Vejam quantos milhares dos que entram nas universidades terminam o primeiro ano com todas as disciplinas feitas... Depois, contem-me! Mas isso não ou pouco interessa para eles. Queremos condições, reclamamos direitos... e, se posssível, que nos limpem a bunda...
Não acredito no que me dizem os políticos? Em parte não! Mas também não acredito no que me dizem os cidadãos que falam muito, mas pensam pouco, e até porque uma parte também mente descaradamente. E pensar, na verdade, dá trabalho, exige regras, honestidade, amor à verdade, memória, independência.... Muitos também sonham em ser “bóis” ou em tê-los orgulhosamente em casa. Seja lá de que partido forem! E, o mais grave é que ainda têm a coragem e desfaçatez de me aparecerem besuntados com umas pinceladas de verniz ético-moral. Desse barato que usam milhares e se pode comprar em qualquer parafarmácia ou loja de ferragens e em grandes superfícies e similares.
Poupem-me! Por favor não se queixem dos outros. Queixem-se de si mesmos. Do que fazem mal e do que não fazem e deviam fazer! Comprem um kit com espelho e tinta e antes de abrirem a boca mirem-se com calma, sem se acovardar, e digam ao interlocutor do outro lado aquilo, que tantas vezes dizem de outros e a outros. Corem de vergonha amarela, mas corem. Digam-lhe que vale pouco ... muito pouco mesmo. E que precisa de ter mais vergonha na cara...

segunda-feira, 14 de março de 2011

25 de Março - 6ª feira

Todos à Valenciana! Mais um jantar da tertúlia, quem tiver conta no FB pode inscrever-se aqui: Jantar na Valenciana, os que não tiverem, podem deixar a sua inscrição na caixa rápida de mensagens do blog.

Costuma, nestas ocasiões, dizer-se que é o jantar do costume! É bem verdade, mas só pela data, o resto é sempre uma caixa de surpresas, quer da parte de novos participantes, quer do lado do ambiente gerado, ora pacato, ora animado, mas sempre genuíno!

Espero que assim continuemos!

Então dia 25 de Março, a partir das 19:30h, lá nos juntaremos no RESTAURANTE VALENCIANA, em Campolide, o local do "costume"!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Viva Portugal


Tenho de vos confessar que tenho andado inconsolável. Esta coisa do corte no salário não é fácil de digerir. E não sei se é por solidariedade com a minha dor ou pelo facto dos meus amigos terem entrado já em período de meditação quaresmal, que o sabor da beira está ultimamente ao abandono.
Viva Portugal
È verdade que há coisas que mexem connosco. Que nos revolvem as entranhas. È que uma pessoa comportar-se segundo os rigores da ética e da moral e depois ser tratado como vilão é duro de roer, mas o que lá vai, lá vai e o importante é que estou já restabelecido.
Diz-se que cada um tem o que merece, mas durante este período de desconsolo cheguei à conclusão que o povo português não merece a maneira como está a ser tratado pelos (i)responsáveis políticos. Andei nas trevas, admito, mas voltei à luz.
Como é possível que se trate deste modo um povo que deu novos mundos ao mundo. Um povo que em 50 anos passou de rural a tecnológico, como comprovam as taxas da União Europeia de utilização das tecnologias quer na gestão pessoal, quer na gestão pública. Quem mais rapidamente aderiu à utilização das ATM? Quem detém o recorde na percentagem de telemóveis per capita? Só gente com grande potencial e de grande sabedoria conseguiria uma evolução tãofulgurante.
Um povo que conseguiu criar um tipo de música genuíno como o Fado, para exorcizar os medos e lavar a alma, que ainda por cima faz bem mesmo a quem não percebe o encanto das suas palavras tem que ser um povo fantástico.
Gentes que defenderam a sua independência e autonomia durante oito séculos sem aceitar o jugo dos outros, a não ser num curto período (o Filipino), tem que ser um povo valente. Um povo que dizem deprimido, só porque não conhecem a sua natureza.
Quem é que deprimido, consegue ser o anfitrião afamado que é Portugal? Quem por esse mundo fora desenvolveu uma gastronomia tão gostosa e variada como nós? Quem como nós gosta de ficar horas à mesa a conversar à volta de uma garrafa de vinho, sem se lembrar que há horários a cumprir e trabalho para fazer. Ai que prazer não cumprir um dever…começa assim “Liberdade” de F. Pessoa. Lembram-se?
E depois há factos incontornáveis, como os resultados de um inquérito europeu recente, que vieram dizer ao mundo que as mulheres portuguesas são as que mostram maiores índices de satisfação sexual. Como é que isso era possível, se não tivéssemos níveis elevados de auto-estima, pois que a ciência médica associa a depressão à disfunção eréctil?
Deprimidos são esses alarves dos alemães, que em cerca de 30 anos arrastaram a Europa para duas guerras mundiais provocando milhões de mortes. Infelizes são os belgas que só comem almôndegas. Deprimidas são essas gentes do norte que vêm a Portugal à procura de sol, bom acolhimento, boa comida, bom vinho, sardinha e Zéze Camarinha…
É claro que não há bela sem senão. Ter um país cheio de auto-estradas e não ter dinheiro para gasolina e para portagens é duro de roer. Ter um país cheio de hotéis de luxo e não ter dinheiro para lá passar umas boas férias, não se aceita com facilidade. É certo que imensas vezes nos perdemos nos labirintos, não da saudade como diz Eduardo Lourenço, mas da burocracia…
A culpa é, como é fácil de ver, dos (i)responsáveis políticos, que quiseram estender o meu paraíso de Arroios ao resto do país, sem levar em conta as cenarizações do aumento da pressão da China e da Índia na aquisição de recursos naturais e o que isso significa para a velha Europa.
Apesar disso, gritem comigo bem alto: Viva Portugal.
F. Barroso