terça-feira, 29 de maio de 2012

Momentos - Fátima 2012

Caros amigos, à medida que for recebendo material sobre o Encontro Nacional da AAVD em Fátima irei publicando. Por agora será publicado o video que já foi visto no FB. Entretanto há muitos que não aderiram a essa rede social e já reclamaram pela falta de informação no Blog. Têm razão e tudo farei para a adiantar:


Terminado mais um pedaço de "momentos" vividos no Encontro, aqui fica! Espero que outros se lhe juntem!


ENCONTRO de FÁTIMA

     Conforme foi amplamente divulgado, realizou-se a 26 e 27 de Maio, o Encontro anual de Fátima dos ex-alunos do Verbo Divino.
     Na tarde de Sábado, os participantes foram chegando e logo na portaria do seminário encontravam caras conhecidas. Na recepção lá estavam os elementos da Direcção para fazerem o acolhimento e distribuição dos quartos.
      É com entusiasmo que os antigos alunos regressam ao local, onde estudaram nos anos da sua juventude. Os que frequentaram outras casas e não andaram em Fátima, já se habituaram a encontrar ali os amigos da associação. Vem gente de todo o país, com destaque para a região nortenha e para a zona da Grande Lisboa.
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     As saudações foram efusivas no reencontro de amigos, pois todos os anos aparece alguém pela primeira vez e outros que andaram ausentes por largo período. Reavivaram-se recordações do passado, e fez-se a actualização da vida no presente.
     O ponto alto deste Encontro foi a missa vespertina na Capela do Seminário, em que foram utilizados os mesmos bancos de há cinquenta anos, do tempo de alunos. Os cânticos foram assegurados por um coro, dirigido pelo António Registo. O acompanhamento musical teve no órgão electrónico o Madeira Antunes, nas violas o Vítor Batista e o Maurício, e ainda um grupo de concertinas, o que muito contribuiu para a solene eucaristia. Tudo foi cuidado ao pormenor, pois os participantes tinham um livrinho com os cânticos. Os acordes no órgão de tubos marcaram o início da celebração, fazendo lembrar as liturgias de outrora. O Presidente da associação leu uma saudação aos presentes, tendo o Pe. José Antunes dado as boas-vindas na homilia. Com fervor e devoção todos participaram com alegria, finalizando com um lindo cântico a Nª Senhora de Fátima.
     O serão recreativo decorreu no amplo Salão Nobre, com uma vasta assistência expectante. A animação esteve a cargo do Grupo de Concertinas "Tony, Afilhadas, Afilhados e Amigos", que apresentaram seu vasto repertório musical, em que não faltou o canto à desgarrada. Entre outros, lá estiveram a Marta e o João, que actuaram no Jantar do 3º aniversário do Blog. A reger esteve o Tony (Madeira Antunes) com o seu talento e mestria.
      Também actuou o Maurício, beirão de gema, que está com grande projecção por estar nos cinco finalistas do Concurso do Hino para a Selecção Nacional de Futebol, que servirá para apoiar a presença portuguesa no Euro/2012. Dedilhando a viola e com o seu “vozeirão” empolgou a assistência com várias canções, que mereceram estrondosas salvas de palmas.
      O serão decorreu num ápice, havendo no final uma ceia de convívio, com iguarias e bebidas em farnel partilhado.
      No Domingo houve uma romagem ao cemitério de Fátima, para se prestar homenagem aos irmãos e padres do Verbo Divino ali sepultados.
     A associação teve a sua Assembleia-geral para cumprir as formalidades legais e debate de temas da actividade interna.
     A culminar o almoço de convívio e a tradicional foto do grupo para a posteridade. Assinale-se a distribuição pelas mesas de cerejas da Cova da Beira, num simpático gesto beirão.
     No átrio da recepção trocaram-se as últimas impressões e na portaria fizeram-se as despedidas, operando-se a debandada rumo a casa, com os corações confortados e eivados de novo entusiasmo para divulgar os valores da mensagem verbita, a cuja vasta família pertencemos.
                                                                                           António Pinto     

domingo, 13 de maio de 2012

ENCONTRO NACIONAL - 2012 - FÁTIMA

26 e 27 de Maio - aavd

Aproxima-se o Encontro Nacional dos aavd e a presença de todos é importante. No sentido de poderem ir fazendo as vossas inscrições aqui ficam algumas notas, que têm por base o Programa do ano passado e que não fugirão muito aos acontecimentos.


Inscrições e reservas
Quanto a inscrições e reservas, seria bom que as mesmas fossem feitas até 20 de Maio, domingo, para conseguirmos arranjar o alojamento no seminário para quem o solicitar.


PROGRAMA

Dia 26 de Maio (sábado)
16 horas - Recepção aos participantes e distribuição de alojamento. Tarde livre.

Abertura de Feira de Vendas (para ajuda a vários pedidos vindos de Moçambique)
17.30 horas - Encontro da Direcção com os Delegados Regionais 
19 horas - Missa - Capela do Seminário
20 horas - Jantar
22 horas - Sarau
23.30 horas - Ceia dos Noctívagos: degustação dos queijos, chouriços, vinhos, bolos e outras comezainas que os participantes trouxerem de casa. Alguns destes "acepipes" gastronómicos já criaram tradição e fazem as delícias dos noctívagos.

Dia 27 de Maio (domingo)
9.30 horas - Romagem ao Cemitério de Fátima

10.30 horas - Assembleia Geral
12.15 horas - Foto oficial de grupo
12.30 horas - Almoço e despedida no final do mesmo.

Custos de Alojamento no seminário:
Casal - 35 euros.
Solteiro - 35 euros
A Diária inclui: Jantar (dia 27), dormida, pequeno almoço e almoço (dia 27.
Só refeição - 10 euros
Crianças até aos dez anos - 50%
Crianças até aos quatro anos - gratuito

Contactos para inscrições e reservas:
António José Ferraz de Moura
Telemóvel: 969 686 439
E-mail: ajfmoura@gmail.com

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Torre de Babel


Mudam-se os tempos, mudam-se as divindades. Mas a nossa sina, de simples mortais, é como no mito de Sísifo. A de um recomeço permanente. Ele a empurrar o seu enorme penhasco montanha acima sem o conseguir fixar lá no alto; nós a ter de recomeçar vezes sem conta as nossas vidas, que tantas vezes, de forma imprevista e inesperada, se desmoronam.
Em tempos remotos, no princípio do mundo, conta-se nos Génesis, 11, 2-8, que os homens da terra de Sennaar, disseram uns para os outros: vamos construir uma cidade e uma torre cuja extremidade atinja os céus. Assim, tornar-nos-emos famosos (vem de longe a mania das grandezas) para evitar que nos dispersemos por toda a terra. O Senhor, porém, desceu, a fim de ver a cidade e a torre que os filhos dos homens estavam a edificar. E o Senhor disse: eles constituem apenas um povo e falam a mesma língua. Se principiaram desta maneira, coisa nenhuma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os seus projectos. Vamos, pois, descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não se compreendam uns aos outros. E o Senhor dispersou-os dali para toda a face da terra….
Não convém esquecer, que pouco tempo antes Adão e Eva tinham sido expulsos do Paraíso, por causa de uma outra mania. A mania do conhecimento. Moral da estória: as manias da humanidade têm-lhe saído caras.
Provavelmente, cansado destes recomeços o homem vai-se afastando cada vez mais deste Deus, criando outros em substituição, bem mais tolerantes: ídolos de barro, de madeira e até de oiro. Nos nossos dias, porém, fruto de milénios de evolução e de enormes avanços tecnológicos, de uma realidade virtual, quase tão real como a real, o que é que faz? Cria a divindade mais sofisticada, que jamais se viu: o mercado.
O mercado é um deus abstracto, que ninguém pode conhecer totalmente. Intangível. Mas com um poder incomensurável e com desígnios totalmente indecifráveis, apesar dos milhares que se dedicam ao estudo das suas leis. Manifesta o seu poder pela moeda e todos perante ele se vergam, e se ajoelham.
Desde humildes seres humanos capazes de passar o dia de braço estendido à espera de ser tocado por migalhas do seu poder, até aos homens mais poderosos, todos procuram agradar ao seu olhar.

Mas a humanidade frágil que é, pecou de novo. Olhou em seu redor, viu todos os campos verdejantes, leite e mel em abundância e pensou no seu íntimo: Vivo tão bem, nada me falta, vou gozar a vida. Encheu-se de soberba, ignorando que a soberba é a pior das manias que se pode ter. É como construir uma torre até aos céus, como a dos homens de Sennaar e mudar-se para o paraíso sem mais nem menos. Ora, é claro que nenhuma divindade está disposta a tolerar uma afronta dessas. Por isso, fomos expulsos do novo Éden. Escorraçados e confundidos.
 Os líderes dos nossos tempos, incapazes de pensar o futuro, de se preocuparem com a felicidade dos seus povos, na ânsia louca de apaziguar aquele deus cruel, tornaram-se piores que antigos sacerdotes de Baal que, de quando em vez, lhe ofereciam sacrifícios para acalmar a sua fúria. Estes novos sacerdotes, os poderosos representantes do mercado, quantos milhares, ou melhor, quantos milhões de sacrifícios diariamente lhe oferecem?
E a insanidade é tal que, o nosso ministro das finanças já sofre notoriamente do sindroma da ausência da divindade. Cada vez que aparece na TV diz que quer voltar ao mercado, ao deus poderoso, o mais depressa possível, mas este, poderoso e cruel só o permitirá quando tiver o odre cheio de sacrifícios. E ele sem forças para continuar a imolar as suas vítimas… anda arrasado. Vejam-lhe as olheiras.
Outra questão que me preocupa solenemente é a das galinhas poedeiras. Diz a canção que são doidas, doidas, mas agora defende-se que também elas merecem ter gaiolas tipo mansão, com ninho, com poleiro e tudo. Eu nada tenho contra elas. Adoro-as na canja, com hortelã. O que já não acho bem, é que talvez por isso, tivesse que reduzir-se o espaço per capita, nos lares, nos infantários e nas salas de aula. Este tipo de contradições só parecem justificar-se, pela confusão e esgotamento dos mais altos responsáveis da nação, ou não será?
Em verdade, em verdade vos digo: é impossível fugir ao destino e à fúria divina, mas podemos manter algum controlo sobre a situação. Como? Cultivando a nossa responsabilidade individual e colectiva. É com ela que criamos algum espaço de liberdade. O melhor dos bens.

francisco barroso, 1º de maio de 2012 .

PS. Esta crónica é dedicada ao Maurício Melfe, grande contador de estórias que tenho prazer de conhecer. Que a receba como um abraço apertado.