domingo, 30 de janeiro de 2011

Mesa larga!

Mesmo assim foi necessário acrescentar lugares, para todos caberem!

À espera!...
Confesso que ao entrar no salão reservado para o jantar, com o Fernando Carvalho, senti uma grande apreensão quando vi aqueles lugares todos vazios. Improvisamos um local de destaque para a surpresa da noite, que nos foi, gentilmente, oferecida pelo nosso amigo António Colaço. Preparamos todos os equipamentos media e subimos para o lobby, onde já se encontrava uma boa dezena de convivas. As notícias que corriam eram optimistas, estão a chegar.... estão a chegar! E, passados alguns minutos, o lobby começava a ficar "acanhado", tal era a afluência há hora marcada.

Descemos, já perto do salão, para o wellcome drink e foi neste momento que dei conta da diversidade de gerações ali presentes. O espírito de grupo reinante era positivo e sentia-se a alegria do encontro no ar. Pelo meio de grupo, circulavam, discretamente, alguns elementos, mais assíduos nestes acontecimentos, que facilitavam, numa espécie de network espontânea, o contacto, servindo de "nó" entre os presentes. As coisas estavam a funcionar naturalmente e entre um copo de champanhe, um canapé e umas palavras, os laços foram ficando mais estreitos e as conversas fluíam pelo local com constantes apelos à memória e a relatos que ajudam sempre a reavivar o tempo. O jantar, pelas contas do incansável António Pinto, contou com doze presenças de elementos que nunca tinham estado nestes nossos convívios.
Assim, ao som dos "Bombos do Tortosendo", fomos entrando no salão e aquela mesa, enorme, foi sendo preenchida. De tempos a tempos lançava um olhar geral e comentava com o Fernando, os espaços desocupados... dou uma volta geral para conferir animos e passo junto ao Oscar, tendo comentado que ainda havia uns lugares que iam sobrar!... "Isso!...",  respondeu ele, "...vão é faltar!" concluí. Efectivamente o Fernando já andava numa fona a dar indicações aos colaboradores para acrescentar a mesa. Passo-me a ansiedade! E, quando tudo já estava arrumado... ainda chega o Jorge! Melhor não podia ter acontecido.

F. Carvalho, o fiel depositário da surpresa. 
O jantar decorreu, de acordo com a qualidade de serviço do Hotel Olissippo, a mestria do Chefe Vitorino e colaboradores e a exigência profissional do seu Director Geral, o Fernando Carvalho. Satisfação geral! Ainda decorria o repasto quando demos início a uma actividade criada para o momento e que fosse o motivo para a entrega da surpresa de que já falámos. Fez-se um apelo à veia poética de todos os presentes, e constituíram-se trios de jograis, passados 15 minutos já ecoavam, bem audíveis, as primeiras rimas, fruto de tanta inspiração. Procedeu-se à votação e, com uma larga margem de pontos, foi apurado o trio vencedor: o António Monsanto Registo, o Pe António Leite e o Eduardo Rego que, para além da inspiração, ainda emprestou a sua belíssima voz aos versos:
AQUI, NAS BORDAS DO TEJO,
ONDE OLISSIPPO ATRACOU,
QUE PRAZER ABRAÇAR AMIGOS
QUE O DESTINO SEPAROU.
A viola soltou os primeiros acordes e as canções brotaram, só de meia letra e muito lá-lá-lá... que a memória dos cantadores não é RAM! Mais um bom pedaço!

Assim, passamos um belo serão, reforçámos laços de amizade, que fortalecem os princípios e os valores que nos unem e justificam a nossa presença nestas iniciativas para que cada vez mais, os antigos alunos, "sejam a semente do Verbo Divino na sociedade civil".


Agora, a Lista de Presenças elaborada pelo António Pinto: 
  1. - Albertino Antunes
  2. - António Bento
  3. - António Casimiro Barata
  4. - António Natário
  5. - António Pinto
  6. - António Registo
  7. - António Rui Barata
  8. - Artur Santos
  9. - Daniel Reis
  10. - Eduardo Rego
  11. - Fernando Carvalho
  12. - Filipe Seguro
  13. - Francisco Magueijo
  14. - Henrique Barata Nunes
  15. - Henrique Neves
  16. - Jorge Man. Silva (Sobral S. Miguel) **
  17. - José Antº Martins
  18. - José Delgado
  19. - José Duarte Dias
  20. - José Gil Dias
  21. - José Manuel Eusébio **
  22. - José Quelhas
  23. - Leonel Mendes **
  24. - Lúcio Robalo Pereira **
  25.    e filho Vasco
  26. - Luís Garcia
  27. - Manuel Peres Sanches **
  28. - Manuel Reis Jorge **
  29. - Messias Gomes **
  30. - Miguel Alçada Batista **
  31. - Nelson Duarte
  32. - Nelson Mota Gil **
  33. - Nicolau Marques
  34. - Óscar Mota Gil
  35. - Patrick Morais **
  36. - Paulo Lucas **
  37. - Pe. António Leite **
  38. - Porfírio José Pinto
  39. - Ricardo Figueira
  40. - Vítor Carmo Baptista
  41. - Vítor Gaspar
  42. - Vítor Geraldes

NOTAS:  
- Estreantes (**)
- O maior evento do Blog foi o Almoço de Oleiros, em 30 Janº 2010, com 62 pessoas.
Este Jantar no Hotel Olissippo fica a ser o segundo mais participado de sempre com 42 convivas, tendo na inauguração destas jornadas de convívio, no mesmo local, em 30 Janº/2009, comparecido vinte ex-alunos. Ocupando o 3º lugar está o Jantar com o Pe. Lúcio, em 3 de Novº 2009, que registou 32 presenças.         
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sábado, 29 de janeiro de 2011

O Zêzere escondê-las-à para sempre


José de Jesus AMARO

Imagino as lágrimas choradas pelo João, nas encostas tristes do Esteiro, a engrossarem o nosso Zêzere lá ao fundo. As retidas, essas ficarão para sempre sepultadas na sua alma, mesmo que ele as conte e as revele... sempre restarão algumas impossíveis de contar, pois a dor é indizível por mais que a tentemos revelar, explicar e traduzir. Para a dizer não há recursos suficientes! Porque ela não se deixa esgotar na razão ou nos sentimentos. Ela é corpo, mas também é alma. É carne, mas também espírito. Certo, certo: uma vida dura e um futuro nebuloso, escuro e sombrio esperam o João, que não conheço, mas cuja dor sinto profundamente.
Há vidas e vidas! E algumas, não se sabe bem porquê..., são uma contínua tragédia, umas vezes mais visível outras mais escondida e silenciosa. Mas está lá, omnipresente sob a forma de dor, e a qualquer momento, de tão intensa, transforma um corpo e uma mente num caos de ideias, ódios, vinganças, receios, lágrimas, tristezas, desesperos, impotências, confusões. A do João foi, é e será: aguda, calma, revoltada, insuportável, desesperante, pesada, leve até, mas não foge nem o abandonará, por mais que ele queira e mereça libertar-se dela, por mais que a exorcize e a racionalize... segui-lo-à como a sua sombra. Com pulseira ou sem pulseira, com arrependimento ou sem arrependimento.
A dor vai carregá-la, o João, pelos anos fora. Muitos, poucos... quem o sabe? Cravada nos ossos e escondida nos interstícios da alma ela passou a ser ser do seu ser, corpo do seu corpo, alma da sua alma. E não há como fugir-lhe. Ele tentou, antes, mas só a conseguiu afugentar... e logo da maneira mais trágica, pois a almejada libertação só a veio aumentar ainda mais... a que já carregava e tanto lhe pesava.
Não se andam vinte quilómetros a pé, descalço, alta noite... para ir dizer às autoridades que se matou o pai à catanada, se não houver um grande drama interior  com antecedentes mais ou menos visíveis ou mais ou menos escondidos e silenciados por “conveniência” de todas as vítimas... que são mais, para além do pai (morto), do João... há também a mãe e os irmãos.
Choro com o João sentindo a dor insuportável que carregava e a qual ele não podia gerir com apenas 16 anos. Diariamente, ela lá estava ao amanhecer (não guardando domingos nem feriados) ... e ao anoitecer tornava-se ainda mais insidiosa, fina e palpável, quando se apoderava do corpo e da alma deixando-os num completo desassossego e confusão. E foi ela que inspirou a libertação através da vingança, do ódio e da raiva, há tanto tempo contidos, escondidos e silenciados nas esquinas duma adolescência ingrata, pobre e amargurada... na qual a alegria e o sabor das cerejas fora substituído pela tristeza e o sabor amargo do fel.
E a nossa Beira, que é baixa, triste e solitária ficou ainda mais triste e mais só, olhando-se e olhando o mundo pelo crivo da dor ... e da desgraça.

grandes vencedores

Houve poesia e a veia jorrou na pena e na voz. Esta é a foto do momento da consagração dos vencedores. O ANTONIO LEITE, O EDUARDO REGO E O ANTONIO REGISTO. Exibem orgulhosamente o troféu que lhes foi atribuído e que foi oferta do nosso amigo António Colaço.
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Jantar no Olissippo

Ontem decorreu no Olissippo o nosso jantar de Janeiro, com a participação que podem testemunhar pela foto.
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

11º Jantar p/ o Terceiro Aniversário

DEFINITIVAMENTE


Caros colegas,
Na próxima semana teremos o nosso convívio de Janeiro. Seria normal, caso não se tratasse do jantar que assinala o arranque do nosso terceiro aniversário como tertúlia. Assim sendo, o Fernando Carvalho sugeriu, caso a adesão seja significativa, que o jantar se efectue no Hotel Olissippo Oriente. Fica, portanto, do nosso lado, a hipótese de podermos dar um enquadramento diferente a esta data. As inscrições estão abertas aqui no blog, para quem não tem FB e no FB, dentro do próprio evento onde o registo e a contabilização ficam logo feitos, facilitando quem tem que gerir estas coisas. Boas inscrições para todos!
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Para uma retrospectiva de outros Jantares vê aqui

 Caros amigos,

Para comemorar o início do 3º aniversário desta tertúlia (seja o tal 11º jantar…), voltamos onde começámos: ao Hotel Olissippo Oriente! Esperamos estar à altura …

Os retardatários ainda estão a tempo de se inscrever. Até às 13.00h do próprio dia, não há crise! O Chefe organiza-se!

E não é que estejam à espera de saber a ementa para aderir mas, pelo sim pelo não, vamos lá divulgá-la: 
Clique na imagem para aumentar

Se alguém tiver dificuldades em chegar, basta telefonar que receberá indicações na hora! O acesso à garagem do hotel é pelas traseiras, junto ao Casino de Lisboa.



Bom apetite!!!

Um abraço e até 6ª feira.


Fernando Mateus Carvalho 


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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PRESIDENCIAIS da LAICIDADE e da PA(d)RIDADE


Por: Agostinho da Silva
(O do Jarmelo)
Num dia destes, apeteceu-me cuspir pró ar.
Disse-se que Cavaco tinha violado a laicidade (violou-a toda ou ainda escapou algum  laico?), ao pedir às pessoas “Espero que ele (padre) vos incentive a exercer o direito cívico”. GRAVE!!! também acho, e ainda inoportuno, não fosse pela reacção.
Nem foi preciso esperar 24 H, já se ouvia um PADRE (himself). E aqui Cito o SITIO de ALEGRE (é quase uma excitação), espero que num padre (a exitação) não chegue a ser mesmo física e carnal e ainda manual (pois seria um pecado contra a castidade, e a certa idade, precisar para o acto de apoio médico).
“O padre Costa Pinto começou por explicar que a sua presença (em Viseu) [“enquanto homem e cidadão” não tinha por objectivo “pedir o voto de ninguém para ninguém”. O padre católico elogiou Manuel Alegre e justificou as razões da sua escolha…”] fim de Citação. (ainda bem que isto é muito diferente do que o outro padre de Valpaços disse (dirá, ou talvez venha a dizer/apelar); pois trata-se, do padre Costa Pinto (do que li em vários suportes, apoiante do Bloco de Esquerda – um padre ilustrado/esclarecido e ainda mais laico e socialista que outros que possa haver do mesmo género).
Ora, o Padre de Valpaços, terra “cavaquistónica” (78,15), [se chamarem a Viseu “Cavaquistão” (65,58%)]. Vai apelar a que as pessoas cumpram o seu dever cívico. Ou esse apelo só deve ser feito em terras não “cavaquistas”? ou esse apelo só deve ser feito por padres “esclarecidos”; com sabor, cheiro e cor CERTAS? (admitindo que não há padres insípidos, inodoros e incolores).
Eu próprio não estava à espera de escrever isto: Vá, vamos dizer que hoje (Sábado), quando ia calmamente pró Jarmelo, na rádio me despertou esta coisa do padre Costa Pinto, se afirmar “apartidário” no comício de Manuel Alegre, não apelando ao voto em ninguém. Até aqui muito bem. Ora então o que faz o senhor padre num comício laico? Atender em confissões? Ó senhor padre, deixe isso para depois das eleições, poupará, vai ver, quer nas penitências, quer nos conteúdos. Verá senhor padre, que depois das eleições, alguns já nem se confessarão! Vai ver que outros estarão arrependidos, e haverá mais alegria por um arrependido do que por noventa e nove que não precisem. (Lucas 15,1-32).
Agora senhor padre, à sua idade, experiência (provavelmente diversificada) e formação, considere que a sua expressão, naquele local e face à abominável “violação da laicidade” de Cavaco Silva, é tão inocente e oportuna como esta minha crónica. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Jantar Valenciana - Janeiro 2011

Jantar Valenciana - Janeiro 2011




6ªf, 28 de Jan 2011!

Pois é!...Mais um ano passou e vamos comemorar o 3º ano de Jantares ininterruptos desta nossa tertúlia! Tal como nos comprometemos desde o primeiro momento.

Vão já fazendo as vossas inscrições, eu e o Fernando iremos dando outras informações.

Mas, se todo correr, como habitualmente, já sabem como funciona. A hora do "croquete", é por volta da 19:45, para começar a cavaqueira, sentados, por volta das 20:15, a refeição já é um acessório e segue sem sobressaltos!

Já sabem que o segredo das presenças está nos contactos formais que fazemos uns com os outros. Depois, marcar o 3º aniversário é um acontecimento.

Era bom que todos os que já estiveram presentes não faltassem e que, muitos dos que ainda não apareceram, fizessem essa surpresa!

Um abraço tertuliano, contamos com todos.
sDb