sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

2ª Revelação


Por FRANCISCO BARROSO


Construa-se o Paraíso

Eu pecador me confesso que, tempos houve, em que a minha receita para os deserdados da vida, os famosos sem abrigo, que tantos há em Lisboa, o meu conterrâneo Zé Amaro que perdoe, era a monda química.
Claro que há razões para isso. A imundice em que se tornam os locais por eles frequentados (papéis, sacos de plástico, embalagens de comida e bebida atirados para o chão sem qualquer prurido), a falta de respeito pelas mais elementares regras de higiene. Vejam bem que tiveram de cortar todos os arbustos do Jardim em frente à Igreja de S. Jorge de Arroios, porque eram sítios óptimos para esconder o traseiro e fazer a cagadinha da ordem, porque para mijar nem é preciso ir tão longe, pois que os pilares da Igreja são ideais e mesmo à mão de semear e ali pertinho da cama.
Isto para dizer que os locais públicos mais aprazíveis de alguns dos bairros lisboetas, se tornaram autênticos cagadouros e nem os turistas, nem os próprios residentes convivem bem com esta realidade.
Outros dias houve também que tocado, quem sabe, pelo Espírito Santo, o meu coração se compadecia desta gente, carregando sempre a sua fortuna, que cabe integralmente num ou dois sacos de plástico, envoltos no seu triste olhar e no pivete que os anuncia ainda vêm longe.
Então comecei a perceber dentro de mim um nítido conflito entre a minha componente biológica (do homem lobo que só pensava na monda química) e minha componente cultural (religiosa: lembram-se do Sermão da Montanha? Bem aventurados os humildes…claro que lembram; que eles são nossos irmãos… A eminente dignidade do ser humano consagrada nas leis do mundo ocidental, que faz parecer verdade a igualdade dos homens perante justiça, basta deitarem um olho à Constituição de República ou à Convenção Europeia dos Direitos do Homem e isso trouxe-me um certo desconforto, confesso.
Depois pensei. Talvez tivesse outra perspectiva se um deles fosse meu parente próximo. E foi aqui que se deu o clique. Foi só ligar as coisas e a revelação surgiu: somos todos irmãos porque filhos de Deus e somos todos parentes porque o Estado é, nos termos do direito, a nossa família institucional. E porque tem a obrigação de nos proteger em termos de segurança, em termos de saúde, de nos dar instrução, sente-se no dever e não o esquece de nos cobrar impostos criando assim uma relação sinalagmática, como os juristas gostam de dizer.
Nas famílias normais a tendência natural é proteger os mais fracos. Tanto na sociedade humana como na dos mamíferos superiores. Vejam aliás quem é que avança para o combate nas manadas de cavalos. É o líder, o chefe, claro, (isto não é para ti ó Garcia). Não sei se sabem que a sociedade humana contemporânea é a única em os chefes ficam na retaguarda e mandam os miúdos para a frente de combate . É seguramente um sinal de inteligência, mas será de coragem?
Então o meu projecto é este: construa-se o paraíso para os mais fracos, que os mais fortes já têm o seu.
Começamos por retirar o Cavaco Silva do Palácio de Belém, até porque tem casa própria em Lisboa e ganha bem, não se importará seguramente dada a nobreza da causa.
Umas boas camaratas, umas boas casas de banho, um bom refeitório. Nem fica caro. Os portugueses são generosos. Se houver um canal de roupas em bom estado que as pessoas já não usem. O banco alimentar com mais uns produtos que as grandes superfícies ofereçam por questões de prazos e ainda em margem de segurança, além da vantagem para os grupos de solidariedade e ajuda humanitária que todos os dias fazem Kms na cidade para lhes dar o jantar tê-los ali bem juntinhos. Acham impossível?
Não é caro, até porque na quase totalidade, esta gente terá direito ao rendimento mínimo que ninguém lhes paga, porque para o Estado já não existem infelizmente. Acho que por não terem número de contribuinte. E que lindo sítio. Era bom para eles, era bom para nós e era bom para os jardins, que voltariam à sua função natural e não à de campo de refugiados como o é o Jardim do Constantino.
Ó Zé Amaro, o teu sonho da casa do C. ao pé do meu é uma brincadeira de crianças, com a vantagem incomensurável de ser real. Por isso te tiro o chapéu, mas achas ou melhor acham o meu impossível? E chegado aqui começa a atormentar-me aquela verdade que o Pessoa (outro amigo antigo) me ajudou a ver, claramente visto, que é a diferença entre os que nasceram para conquistar o mundo e aqueles que sonham que podem conquistá-lo, ainda que tenham razão.
E mais não disse…

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Chover não é a mesma coisa que fazer Sol!


Vitor Baptista

E, ambos os estados são úteis  e complementares. Conseguimos defini-los pelas sensações, pelo estado de espírito que nos proporcionam, pela sua escassez ou pelo seu excesso. Mas são distintos e indissociáveis.
Venho assistindo a uma lenta e progressiva tentativa para seccionar a “nossa ideia” de nos juntarmos de vez em quando, debaixo de um único principio: “Sem pretensões, sem responsabilidades colectivas, mas com a consciência individual de que todas as coisas se fazem, apenas, se cada um se empenhar!”. E,  porque é apenas isto que me move, sinto que é altura de clarificar.

Debaixo deste princípio, totalmente personalista, quem participa,  fá-lo pelo apelo livre da sua consciência, independentemente dos motivos. Criou-se, com esta dinâmica, um movimento de sentido indefinido onde alguns espíritos gostam de “vaguear” e, simultaneamente, uma responsabilidade individual, sem a qual este “espaço” se some. Umas vezes, a coisa corre bem, outras, corre melhor e outras ainda, nem por isso!
É verdade, que deste “quase limbo” já temos descido, em diferentes ocasiões, à terra e conseguimos, fisicamente, dar aquele abraço ao colega de ano que não víamos à muitos anos, ver caras novas em todos os eventos e estar juntos, uma mão cheia de vezes, no último ano.
Já lhe ouvi chamar, “tertúlia lisboeta”, “tertúlia gastronómica lisboeta”, “tertúlia beirã de Lisboa” (...), geralmente com a sigla aavd, antes ou depois do epíteto. Vejo, nestas referencias, um rasgo seccionista, tentando colar a “nossa ideia” à aavd. Voltando ao domínio dos elementos, do sol e da chuva, que são distintos, embora indissociáveis e onde não podemos mudar as sensações individuais apreendidas pois, os gostos variam, temos um pouco de tudo! Eu,  por exemplo, sou membro da aavd e reconheço nas delegações regionais, os seus braços, membros desse corpo, um papel específico em cada região. Isto, para concluir, que a “nossa ideia” não nasceu para ser subsector regionalista de nenhuma outra, nem para ocupar o seu espaço, dissipando-se, depois, nele.
Surgiu, simplesmente, para congregar espíritos “vagabundos” que sentem que "num dia" da sua história comungaram dos mesmos valores, dos mesmos princípios,  dos mesmos códigos de amizade e de Ética e os querem reatar, para os reviver,  para os preservar e para os continuar a transmitir!
Por um motivo ou por outro, há alguns desses espíritos que não se revêem em corpos mais formais, com estruturas rígidas, hierarquizadas e comprometidas. Por isso, vagueiam por aí à espera de um espaço. E, muito mais espaços existem e existirão, para além deste, porque a “nossa ideia”, imperfeita e caótica, não os reune todos, nem tem esse compromisso!
 Sugerir que a “nossa ideia”, porque congrega alguns  desses “espíritos”, é uma excelente ponto de partida para “tomar em mãos as rédeas da aavd” é uma forma de a dissipar. Aceitar o repto significa o afastamento total do principio com que me identifico, formulado no parágrafo segundo  deste escrito e significaria aceitar, que o sol e a chuva, embora diferentes e indissociáveis, são, afinal, o mesmo!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Rescaldo da incursão às terras do Dito Cujo

(Confesso-vos uma enorme preocupação, quanto à saúde dos meninos, em consequência da comezaina e de uma quase secreta aventura nocturna, pelas capelinhas do Rei Medronho)

Daniel Reis
 
Saudações verbitas, ilustríssimos camaradas.
Quase a uma semana de distância (mea culpa, mea maxima culpa), aí vão umas anotações para meia dúzia de parágrafos, apenas na intenção de saber se estão todos bem e se a saúde dos meninos foi posta em causa pela comezaina, a visita às capelinhas da medronheira e o mais que houve de animação, na esplêndida viagem aos confins do Moradal, no sábado passado.
Tudo isto porque, se já havia motivos de preocupação ao ver o estado de alguns no regresso da festa (por mim falo…), muito mais preocupado fiquei ao ler, aqui, que uma boa parte da rapaziada ainda continuou, noite fora, a prestar alegres tributos ao Rei Medronho, pelas tascas das redondezas. Porém e como não há notícia de baixas consideráveis, passados estes dias todos, acredito que tudo esteja nos conformes e a ressaca não tenha deixado sequelas ruins.
Por mim, tenho ainda a informar-vos que já acabei os maranhos e que eles me souberam muito melhor, que os experimentados à mesa em Oleiros. Desconfio, de resto, que nós próprios fomos os responsáveis por alguns não terem apreciado este petisco regional, como ele merece (o mesmo acontecendo quanto ao Dito Cujo estonado), pela simples razão de nos termos atrasado cerca de uma hora para a função. É que, tanto o cabrito, como o maranho requerem facas e garfos em acção, mal eles saem do lume. E não uma hora depois.
Os que trouxe e petisquei em Odivelas, são a prova do que acabei de escrever. Ainda quentinhos e mal saídos de uma leve fervura, revelaram-se deliciosos. Desculpem não vos ter convidado, mas a palhota é modesta para as finuras de V. Excias. E também presumi, que ainda estivessem empanturrados e em plena ressaca.
Dado o essencial do recado, devia fechar imediatamente a prosa e regressar ao meu dia a dia, isto é, aos doces prazeres do «farniente». Concedo porém, antes, um esboço de excepção, porque o nosso estimado Vítor, mordomo deste jornal, seu paginador e zelador, está carente de fotos das festas e eu tenho duas (que sejam, apenas) para lhe enviar.

Uma, dá nota da animação a cargo do Freire, do Maurício e do Prata. Têm de reconhecer que eles se revelaram em forma e actuaram à maneira. E isso não passou despercebido à minha mulher (Lia), apesar de ser esta a primeira vez em que participou nas nossas iniciativas. Posso garantir-vos que gostou muito, em particular do convívio com a meia dúzia de outras verbitas de adopção, que fizeram a viagem de camioneta. São dela as fotos.
A outra documenta um momento tocante: o reencontro com o Antero Urgeiro (irmão mais velho do Quim, do meu curso), que apareceu pela primeira vez nestas andanças. Como ele é de uma aldeia (Barroca do Zêzere) vizinha da minha e para lá voltou depois de se reformar na banca, vemo-nos por lá, de vez em quando. Mas em iniciativas da AAVD, ou do nosso blog, foi a primeira vez. Ainda bem que eu apareço na foto desfocado, pois só lá estava na condição de ouvinte e maravilhado. É que tanto o Zé Quelhas (ao meio, de frente) como o Antero (à direita) pareciam enciclopédias, da nossa vida em Fátima e no Tortosendo. Eles recordam-se dos nomes (e completos!) dos alunos todos do curso deles (um ano à minha frente) e de outros mais novos ou mais antigos. E, então, o Urgeiro, esse até recita por onde andam este e aquele, que julgávamos desaparecidos. E mais outro e aqueloutro. É um espectáculo. Dois exemplos: por eles soube que o António Dias Gama, de Bogas de Baixo, é advogado em Lisboa (agora até já disponho da morada e telefone) e está em plena actividade; e o Henrique, de Janeiro de Cima, está vivinho da costa e anda há anos pelo Canadá.
Mesmo que não tivesse contado com a bela companhia de todos vós, ilustríssimos camaradas, só este longo rememoriar, à mesa, teria justificado a ida a Oleiros. Bem hajam todos. E com esta me vou.
Se alguém estava à espera de uma ‘reportagem’ sobre a peregrinação às terras do Dito Cujo, assinada pelo ‘Je’, tire daí o cavalinho, que se molha, de certeza. É possível que duvidem, ou mesmo descreiam, do meu actual programa de vida: não fazer nada. Ou melhor (e desculpem, o palavrão, as almas mais sensíveis, que estejam ainda a ler): «Não fazer a ponta de um corno».
Ora, sendo este um programa para levar a sério e que pretendo cumprir com todo o rigor e empenhamento, é óbvia a sua incompatibilidade com qualquer esforço de imitação de uma reportagem. O tempo da activa, do titular da carteira profissional nº 200 (no universo de uns 4.000 jornalistas), já lá vai.
Qualquer outra nota relevante, de que me tenha dado conta na excursão, talvez se possa ler no próximo Lux Mundi, o jornal da nossa AAVD. É que, hoje por hoje, só lá me permito o luxo de fingir de repórter. E atendendo ao altíssimo salário, que me paga, o Director Armindo Cachada (que também veio do Minho em romagem às terras do Dito Cujo) é o único a poder exigir-me a exclusividade.
Um abraço, malta. E até à próxima, no sítio do costume, a Valenciana.
 
Daniel Reis    

CONVÍVIO em TERRAS BEIRÃS ! por António Pinto

     Com a boa participação registada no Almoço em Oleiros, a primeira ilação a tirar, é que o BLOG Sabor da Beira consegue mobilizar um vasto grupo de beirões, independentemente do lugar onde residam!
     A comprovar esta tese, está o facto de tanto os beirões a residirem na região de Lisboa, como os que vieram de Aveiro e Porto responderam ao apelo da terra-mãe, e trouxeram com eles amigos oriundos de outras províncias portuguesas, para se juntarem aos que residem neste “rincão” da beira interior. Mas acima deste matiz comum de beirões, mais alto se afirmou a afinidade de todos serem VERBITAS! Este é o grande ELO que nos congrega, com a particularidade de sermos “beirões de gema”. Gente que gosta do campo, da paisagem montanhosa, de observar os rebanhos de cabras a pastar nas encostas das serras, de saborear o cabrito e deliciar-se com os maranhos, de beber vinho nas adegas com os amigos e apreciar a aguardente medronheira!
     A deslocação em camioneta de excursão de Lisboa até Oleiros aumentou a coesão do grupo, proporcionando tempo de diálogo para reforço dos laços de amizade. Constitui também mais uma prova da eficácia da organização! Mas não posso deixar de citar uma frase importante do Xico Barroso, referindo-se à zona de Oleiros: “ O clima tornou-se mais fresco (mais ameno no Verão), devido à ventilação produzida pelas pás dos geradores eólicos”. Fixem este dito, que virá a ser “tese de doutoramento” para os estudiosos destes fenómenos climatéricos!
     Deliciei-me com a gastronomia, pois sendo natural da Zona do Pinhal, o cabrito, os maranhos e a tigelada fazem parte das comidas e sobremesa que mais aprecio! Mas quero destacar o convívio, que ocupa o primeiro lugar nestes eventos. Tive o grato privilégio de encontrar um colega que não via há 50 anos! Pois é, fomos ambos bancários em Lisboa, residíamos nos “arrabaldes” de Lisboa, tendo o Antero Mora Urgeiro regressado à Barroca do Zêzere após ter-se reformado. Estivemos tão perto sem nunca nos cruzarmos, mas foi em Oleiros, coração da Beira-Baixa, que nos viemos a reencontrar! É bom regressar às nossas raízes e matar saudades! Esta foi a minha vivência pessoal, mas quantos terão vivido situações semelhantes! Desfiando um rosário de recordações não dei pelo tempo passar, e até ficaram por realizar outros contactos que tinha em mente! Concluindo, tenho a dizer tal como o refrão da canção: ”Isto soube-me a pouco!”
     Quem parte saudades leva, quem fica saudades tem! Pois este Almoço em Oleiros, proporcionou muitos reencontros, que cada um pôde festejar e viver “à sua maneira!”.
     Encerro a prosa, com um agradecimento aos organizadores desta actividade Vítor Batista e Fernando Carvalho. Bem-haja!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mensagem para os "Tortúlios" do Irmão Zé Amaro

Verde, verde até cansar

jesus-amaro

Caros “tortúlios”,
1.Obrigado pela vossa generosidade, traduzida no almoço e na ajuda financeira para a casa do Cardoso.
O repasto estava saboroso e abundante e o dinheiro, posso garantir-vos, que vai ser gasto com parcimónia.

2. Sobre a jornada de confraternização outros falarão melhor do que eu. Porém, tenho a dizer-vos que gostei muito de encontrar gente vinda de tantos lugares diferentes sob a bandeira de uma simples sigla: SVD. Sigla que tem força e capacidade suficientes para motivar e juntar tanta gente pelo simples prazer de estar, de estar uns com os outros. E para coisas, aparentemente, tão comezinhas como conversar, recordar, cantar, ver-se, comer...
Gostei da “medronheira”, gostei do almoço e gostei das pessoas. Hoje, só estas são capazes de me levar a “andar quilómetros”.

3. No regresso, subindo a serra do Moradal na direcção da ISNA de Oleiros dei comigo a olhar os pinhais e o mato. Tudo tão verde e silencioso, que até feria os ouvidos e os olhos. Verde, verde até cansar! Meditei no encontro e fui lembrando quem esteve presente e na alegria que senti nas pessoas (exs e outros). Os tempos de SVD foram mesmo uma graça para muita gente, ao longo destes 60 anos. E há ainda muita gente com capacidade de gratidão e reconhecimento. Olhando o pinhal, pensei no que seriam muitos de nós se não tivéssemos frequentado a SVD! Resineiros, agricultores, pastores, emigrantes, serradores, mineiros, pedreiros, professores, bancários, gestores, sei lá... E tantas outras profissões possíveis, mas não seríamos, seguramente, as pessoas que somos hoje. Melhores? Até é possível! Mas, se calhar, não tão melhores...

4. A casa do Cardoso está em andamento. Não com a velocidade que desejaríamos, mas com a calma e a paciência dos que não desistem daquilo em que acreditam!

Parabéns Vitor

Olá Vitor!

Esperamos todos que rapidamente te recomponhas.
É preciso que continues a animar estes amigos com as tuas iniciativas, bem reproduzidas nestas palavras de Martin Luther King:

"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até ao final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver".

E, já agora, Muitos Parabéns por mais este aniversário (com adereço "fora d´época", mas muito animado!):
http://www.youtube.com/watch?v=5XpYErcy5kg

Um Abraço!!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Programa alternativo - visita às "capelinhas"


Um pormenor na adega do Martinho, no Milrico, para abertura das "hostilidades"...




Percebe-se pelo "artista de serviço", por onde seguiu a ronda: Roqueiro, claro!






Já na Vilar Barroco, muito bem recebidos pelo Anibal Antão!





A hora da despedida tem (muito) mais encanto!
Aqui os resistentes Maurício, Canhoto, Antão, Fernando, Trigais e Zé Eduardo...


Foi uma bela noitada!!!

Fotos Almoço



Um pormenor da Sala, com um representante da Cova da Beira e excelente "cantador" , como mais tarde se viria a revelar, em primeiro plano e o Ismael ao lado do Pde. Jerónimo, mais ao fundo.
















O Zé Canhoto numa explicação muito concentrada do "dito cujo"!





O Aníbal Antão e o Licínio já preparados para a fase seguinte! Mal imaginariam o que seria...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O "dito cujo"

O "dito cujo" prontinho a seguir o seu destino!



A Prova! (do delito do Xico)

Afinal, contrariamente ao que todos pensavam, os "vapores" não o afastaram e a prova é inequívoca. Embora com uma tentativa de se camuflar, por detrás dos longos cabelos do Zé,  não o conseguiu totalmente. Nem com esta manobra de diversão, conseguiu escapar à irrefutabilidade da câmara que fixou o momento! Ainda por cima de copo na mão! O nariz não engana.

Algumas Fotos do Almoço de Oleiros

Estou de minutos contados. Vou escolher o primeiro ponto de encontro, a Madeirã, onde o Paulo Urbano, providenciou uma visita à Destilaria do Senhor Paulo Silva.











Um primeiro reencontro de  sorrisos, do tipo, olha o..., dedo em riste, tu és?.... o...! Atento a tudo isto, no seu polar castanho que o protegia do frio, apesar dos primeiros raios de sol, que já aqueciam os "verdes ares" da serra do Moradal, estava o Senhor Paulo Silva, proprietário da Destilaria. 

Paciente, aguardou que se matassem as saudades e se aquecesse com umas boas palmadas nas costas a distância que os anos e o espaço cuidaram de criar entre, quase, todos nós.








Depois de entrar, não tive dúvidas, estávamos na presença de um projecto que tinha sido construído por alguém, que tem mais objectivos do que a simples produção. Cada recanto, tem uma estória, um pedaço do seu criador. E, isso, faz toda a diferença!

Uma autentica oficina de "alquimia", onde se descarrega o fruto que após demorado processo, acaba gota-a-gota, engarrafado pela mão do Mestre, uma após outra, para nosso deleite e o brinde especial, que cada ocasião exige. A famosa "Aguardente Medronheira da Madeirã!



Desde o Bolo de Mel, com que nos brindou, para acompanhar o "mata-bicho", para os mais corajosos, às explicações e respostas que deu sobre todo o processo produtivo do fabrico da famosa Medronheira, onde cada gota tem a mão do mestre, a simplicidade, a simpatia e amabilidade com que nos recebeu são inesquecíveis!

Obrigado Senhor Paulo Silva!