sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Janeiro-s vamos a Oleiros!

Quatro anos!
Vamos viver o quarto aniversário como o próximo de muitos. Atentos ao que aconteceu e, sobretudo atentos para a forma como gostamos de nos encontrar e de continuar a conviver.

Este ano, aproveitando as oportunidades que surgem, vamos celebrar o nosso dia a Oleiros, onde nos aguarda o excelente Hotel Santa Margarida, o seu simpático e dedicado staff e, claro, o nosso amigo Fernando Carvalho à frente deste desafiante projecto. Faz todo o sentido realizar este encontro em Oleiros por três motivos. Oleiros fica no centro do país e no coração da beira (centralidade), são muitos os que se querem juntar (amizade) e o Fernando Carvalho continua a ser o anfitrião da primeira hora (reconhecimento).

O momento marcante do quarto aniversário tem lugar no sábado, com o almoço e a tarde de convívio no salão nobre do Restaurante Callum. O alinhamento está a ser preparado, bem como a ementa que, adiantando, vai ter um aroma regional intenso. Para não ficarem em suspenso, podem ir apurando o paladar para:

  • Um vinho Callum de boas-vindas!
  • Miminhos regionais (uma empadinha de cabrito, uma pizza de bacalhau, alguns enchidos "sopimpas", uma "delícia" de maranhos, sei lá... o chef Leonel é dono de uma criatividade e bom gosto que deixo à V/ apreciação.
  • Um percurso pelo bacalhau, pelo polvo, pelos maranhos do Restaurante Callum, pelo cabrito estonado ou assado... quase me esquecia, as "ervas da avó Beatriz";
  • Para acalmar o Restaurante Callum tem um estilo fresco que vai bem com a criatividade das sobremesas apresentadas com arte;
  • Uma aroma a café e medronho, com as notas de uma concertina e de uma guitarra e a alegria e a voz de todos são a garantia do sucesso da ementa....
  • Para quem prolongar... terá todo o tempo de sabor!...
(O fim de semana de 26 vai coincidir com a semana gastranomica de Álvaro, aldeia de xisto e "capital" do achigã.
Esta localidade, em tempos sede de concelho e a 12 km de Oleiros, dispõe de um património cultural relevante, onde se incluem nove capelas e deve merecer uma visita para quem queira pernoitar (talvez no domingo de manha...). E, claro, o achigã estará à mesa no jantar de  sábado!!!)

Para os que entenderem ficar, a comodidade está garantida e depois do pequeno almoço, podemos regressar e aproveitar para conhecer alguns locais emblemáticos da Região de Oleiros. Vamos tentar encontrar algumas sugestões para os diferentes percursos.

Pacotes disponíveis:
  • A - Almoço 18,50€ p/cada;
  • B - Almoço + ceia beirã (sábado) - 33,50€ p/cada;
  • C - Completo Casal: Almoço+ ceia beirã + noite + p/almç - 100,00€;
  • Ci -  C - Completo Individual: Almoço+ ceia beirã + noite + p/almç - 70,00€.
Contamos com a presença de alguns amigos especiais para ajudarem a animar o fim de semana. O António Madeira e o José Freire estão convidados/nomeados e vão ultimar os planos, assim que tiverem novidades daremos a informação.

Quanto ao dia, está confirmado, com o hotel, a disponibilidade e a reserva do fim de semana de 26 janeiro. Vai ser criado um evento no facebook e serão enviadas notificações a todos os que usam esta rede social. Para quem preferir, pode enviar a inscrição por email.

Contamos com a presenças de amigos de todo o país e, quem sabe, do estrangeiro! Todos devem sentir-se convidados e benvindos, extensível às famílias. Reservem nas vossas agendas!
Até já!
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Vai ser um grande prazer receber todos em Oleiros, desta vez como verdadeiro anfitrião! Tudo será preparado para que seja um convivio memorável...
Como o Vitor já esclareceu, claro que a família é indispensável! A paisagens, o requinte do restaurante, a originalidade culinária do Chef Leonel e os nossos animadores farão deste aniversario uma data inesquecível!
Um abraço,
Fernando Carvalho

 Presentes: 52 tertúlianos!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Call Center



Actores sem rosto
A par do sacrossanto mercado, como o designa Miguel Real, no seu interessantíssimo artigo no Público, de 4 de janeiro deste ano, outra criação fantástica do modelo gestionário do capitalismo reinante é, como já  devem ter calculado, o Call Center.

O Call Center é, numa definição simples da Vikipédia, composto por uma estrutura física e de pessoal, que tem por objetivo centralizar o recebimento de ligações telefónicas, distribuindo-as automaticamente aos atendentes e possibilitando o atendimento aos usuários finais, para pesquisas de mercado, vendas e outros serviços.

Visto assim, nada a alegar. As tecnologias vieram para nos facilitar a vida e vão ficar, pelo menos na vida daqueles que as puderem continuar a pagar. Na verdade, quase todos os assuntos podem hoje resolver-se, através de simples chamadas telefónicas e qualquer empresa com um mínimo de prestígio tem invariavelmente a sua linha azul. E onde é que ela vai dar? Está bom de ver: ao Call Center.

Mas na maioria dos casos as experiências Call Center tornam-se deveras frustrantes e Kafkianas. Antes de aparecer algum humano do outro lado, temos que ouvir uma gravação com sete ou oito propostas para selecionar uma. Na segunda seleção já temos um menor número de propostas. Na terceira, começamos a ter fé que vamos conseguir ainda falar com alguém a quem, não resolvendo o problema, poderemos sempre atirar algumas injurias. Um verdadeiro suplício de Tântalo. Até aquela musica selecionada com mil cuidados, para nos cativar de imediato, nos começa surdamente a irritar.

Finalmente aparece vida do outro lado da linha. Graças a Deus. Conseguimos. Então, contamos o nosso caso com todos os pormenores, cheios de esperança renascida…é então que uma voz muito profissional nos diz do outro lado: muito obrigado pelo tempo de espera. Vou reencaminhar a sua chamada ao Departamento competente: Mais uma musiquinha, que parece nunca mais acabar, até que surge a profissional voz do Departamento. Pensamos: estou salvo. Qual quê!!! Temos de contar de novo a história toda e no fim: só um momento, vou já passar ao técnico. Mais música. É o diabo…Um gajo fica com os nervos em franja.

A culpa é do pessoal do Call Center? Claro que não. Estão quase tão formatados na missão, como o computador que inicialmente nos recebeu com aquela musiquinha agradável e estão tão ao mais desesperados que nós. Os nossos problemas (a internet que caiu ou a factura da eletricidade que está demasiado gorda) são minudências ao pé dos deles. Eles estão, na maioria, completamente fodidos. Jovens na casa dos vinte e tal, licenciados, perscrutando um horizonte vazio de confiança e de esperança, a ganharem ao mês quinhentos ou seiscentos euros, numa idade em que a cabeça está cheia de sonhos, dos quais era suposto realizar alguns.

Mas é como vos disse, uma criação fantástica. Faz-se a caridade de dar emprego aos jovens mais qualificados que alguma outra geração já teve, numa das fases mais criativas das suas vida, para fazerem papel de parvos a cumprir protocolos idiotas e a vender produtos perfeitamente dispensáveis a idosos e incautos pagos, em contrapartida, por salários de aprendiz de serralheiro ou de assistente operacional da função publica no inicio de carreira.

E o que é que o Estado faz? Avisa: se estão mal mudem-se. O mundo é muito grande, e é verdade. Mas isso é o óbvio. Nem era preciso dizê-lo.

É esta a proposta do gerente máximo do país, mas custa ouvir. Eu que nos meus estudos aprendi que o Estado surgiu pela necessidade de proteger a comunidade. De desempenhar funções, que nenhuma empresa poderia assegurar, como a defesa nacional e a justiça e por isso se aceita que se cobrem impostos, anda agora de cócoras junto dos mercado e perante uma enorme crise financeira criada pela banca, obriga os cidadãos a trabalhar meio ano para ele, para a recapitalizar e para pagar dividas que ele próprio arranjou.

Os banqueiros continuam a ter lucros de milhões e o Governo continua a pairar sobre tudo isto como se não vivesse cá. Os topos de gama dos titulares dos altos cargos públicos continuam a circular com a mesma naturalidade que sempre circularam e os colegas de Faculdade das distintas famílias portuguesas, continuam a ser contratados para os gabinetes Ministeriais como especialistas, a ganhar num mês o que os outros ganham no Call Center em meio ano.

E agora uma pergunta: mas o Estado atualmente existe para proteger o quê? Para proteger o cidadão? E uma resposta à Ricardo Araújo Pereira: "para proteger o cidadão! Ele protege é os tomates."

Há um paradoxo que não consigo resolver. Na Idade Média aceitava-se placidamente que os senhores Feudais vivessem na abundância dos seus castelos, perante a pobreza exagerada dos seus súbditos. Mas então, acreditava-se no direito divino, nos direitos hereditários e a Igreja configurava os ignorantes fiéis na aceitação da realidade. E como é que hoje tão informados, tão apetrechados de licenciaturas, doutoramentos, internet, rádio e televisão, em que a influência da Igreja se tornou tão evanescente, nos deixamos, tal como outrora, oprimir desta maneira? Nós que detemos hoje um grau de conhecimento incomensuravelmente maior.

Das duas uma. Aquilo que chamamos de conhecimento, não passa, na maioria das vezes, de informação da treta ou então o sofrimento, como ensinam os tratados de Teosofia, é indispensável para a nossa evolução, porque dizem o seguinte: a dor aguilhoa-nos, e, procurando evitá-la, a nossa inteligência desenvolve-se A dor guia-nos pois que a repulsão que por ela experimentamos faz com que evitemos o caminho onde a encontramos. – enfim, a dor purifica-nos,…é a lei do karma,…e necessitamos, por isso, de revestir-nos de resignação, a exemplo de Cristo.

A verdade é que me sinto perdido e o nevoeiro não se dissipa jamais...

E mais não disse. Descalçou as luvas, limpou as mãos à parede e foi-se, como dizia o prof. Ernesto.

PS. Talvez demasiado profana para alguns, não posse deixar de dedicar esta crónica ao meu querido amigo e conterrâneo Hipólito Jerónimo.

Lisboa, em 8.1.13
Francisco Barroso

sábado, 5 de janeiro de 2013

"Arrábida - da Serra ao Mar" - Locução Eduardo Rego

Não posso deixar passar em claro a estreia de um excelente documentário, "Arrábida - da Serra ao Mar" que vai para o ar no próximo dia 6 de Janeiro, domingo, na SIC. Há dois motivos fortes para esta nota.
O primeiro, prende-se com o tema da natureza, da nossa natureza e a exótica Serra da Arrábida, preenchida de quadros dignos de ser registados, conhecidos e divulgados. O trabalho é de uma extraordinária qualidade de fotografia e a história que nos conta é narrada por uma voz impar da nossa rádio e televisão.
O segundo, prende-se com o narrador deste documentário que não necessita de apresentações e que merece a nossa atenção para apreciarmos mais este trabalho em que se envolve de alma e coração na pele do contador da história. O Eduardo Rego!

Não percam! 
Todos vamos ficar mais ricos.

1º Episódio