sábado, 6 de fevereiro de 2010

CONVÍVIO em TERRAS BEIRÃS ! por António Pinto

     Com a boa participação registada no Almoço em Oleiros, a primeira ilação a tirar, é que o BLOG Sabor da Beira consegue mobilizar um vasto grupo de beirões, independentemente do lugar onde residam!
     A comprovar esta tese, está o facto de tanto os beirões a residirem na região de Lisboa, como os que vieram de Aveiro e Porto responderam ao apelo da terra-mãe, e trouxeram com eles amigos oriundos de outras províncias portuguesas, para se juntarem aos que residem neste “rincão” da beira interior. Mas acima deste matiz comum de beirões, mais alto se afirmou a afinidade de todos serem VERBITAS! Este é o grande ELO que nos congrega, com a particularidade de sermos “beirões de gema”. Gente que gosta do campo, da paisagem montanhosa, de observar os rebanhos de cabras a pastar nas encostas das serras, de saborear o cabrito e deliciar-se com os maranhos, de beber vinho nas adegas com os amigos e apreciar a aguardente medronheira!
     A deslocação em camioneta de excursão de Lisboa até Oleiros aumentou a coesão do grupo, proporcionando tempo de diálogo para reforço dos laços de amizade. Constitui também mais uma prova da eficácia da organização! Mas não posso deixar de citar uma frase importante do Xico Barroso, referindo-se à zona de Oleiros: “ O clima tornou-se mais fresco (mais ameno no Verão), devido à ventilação produzida pelas pás dos geradores eólicos”. Fixem este dito, que virá a ser “tese de doutoramento” para os estudiosos destes fenómenos climatéricos!
     Deliciei-me com a gastronomia, pois sendo natural da Zona do Pinhal, o cabrito, os maranhos e a tigelada fazem parte das comidas e sobremesa que mais aprecio! Mas quero destacar o convívio, que ocupa o primeiro lugar nestes eventos. Tive o grato privilégio de encontrar um colega que não via há 50 anos! Pois é, fomos ambos bancários em Lisboa, residíamos nos “arrabaldes” de Lisboa, tendo o Antero Mora Urgeiro regressado à Barroca do Zêzere após ter-se reformado. Estivemos tão perto sem nunca nos cruzarmos, mas foi em Oleiros, coração da Beira-Baixa, que nos viemos a reencontrar! É bom regressar às nossas raízes e matar saudades! Esta foi a minha vivência pessoal, mas quantos terão vivido situações semelhantes! Desfiando um rosário de recordações não dei pelo tempo passar, e até ficaram por realizar outros contactos que tinha em mente! Concluindo, tenho a dizer tal como o refrão da canção: ”Isto soube-me a pouco!”
     Quem parte saudades leva, quem fica saudades tem! Pois este Almoço em Oleiros, proporcionou muitos reencontros, que cada um pôde festejar e viver “à sua maneira!”.
     Encerro a prosa, com um agradecimento aos organizadores desta actividade Vítor Batista e Fernando Carvalho. Bem-haja!

2 comentários:

  1. Caro Pinto, é esse o espírito dos nossos encontros e tu descreve-lo como ninguém, simples!


    Como dizias no mail onde enviavas o texto da tua participação, "...não consigo refrear mais as emoções vividas", prova bem as espontaneidade das tuas palavras e como sentiste cada momento, obrigado por o partilhares connosco.

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  2. Muito bem Pinto!

    Para além do espírito verbita que muito bem incorporas (de que todos nos orgulhamos e essa homenagem devemos prestar a quem nos ajudou a tornar homens) manifestas ainda um justo reconhecimento à Zona do Pinhal, como já o Irmão Amaro tb havia feito...

    Sendo originários daquela região, tão fustigada pelos trágicos incêndios e pelo abandono a quem tem sido votada, temos tb a obrigação de lutar contra a maré e colaborar na inversão deste processo.

    Tb aqui o artigo único desta
    "espécie de tertúlia" se aplica:
    Sem pretensões, sem responsabilidades colectivas, mas com a consciência individual de que todas as coisas se fazem, apenas, se cada um se empenhar!

    É isso mesmo...

    Um abraço

    Fernando Carvalho

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