sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Encontro na Beira Baixa em louvor do padre Lúcio - Por Daniel Reis

À esquerda, na foto, o padre Saldanha. Talvez alguns se
recordem dele, em Fátima: era um defesa central, dos que batem um tudo
o que mexe. À direita, o Albertino Antunes
Joaquim Barroso e o Maurício em acção, pela noite dentro
Virgílio Domingos, Francisco Magueijo e padre Hipólito
O grupo reunido à porta da capela, na saída da missa
Brito (da Direcção da AAVD) e Fernando Carvalho à conversa
no pátio do seminário do Tortosendo

Quatro alunos do 1º curso no Tortosendo, revendo o p. Lúcio.
Da esquerda para a direita: Francisco Jerónimo, Apolinário, Serra e
padre Hipólito


Como é uso acontecer todos os anos, mais uma vez a malta da Beira Baixa e que passou pelo Tortosendo, em jovem, se reuniu no Seminário no último sábado do mês de Outubro. Dispenso-me de lhes dizer que foi animado e muito fraterno, pois é assim todos os anos. E talvez seja por isso, ou pela eterna recordação dos primórdios de vida na SVD, que eu tanto gosto de participar nos encontros do Tortosendo e há anos faço questão de nunca faltar, faça chuva ou faça sol. Só que, desta vez, havia motivos espeicias para o regresso ao berço de partida para a vida adulta.

Em primeiro lugar, estava lá o padre Lúcio e escuso de justificar por que razão isso já era especialíssimo. Só não me alongo nos pormenores, porque ele voltou depois a privar connosco na Valenciana, como se pode verificar neste nosso sítio da amizada entre beirões de gema. Aliás, no primeiro andar do edifício estava bem à vista a razão da sua presença. É que a SVD fazia 60 anos de entrada em Portugal, pelo Tortosendo, e organizou para assinalar a data, uma comovente exposição sobre essas seis décadas de vida em Portugal. E como o padre Lúcio fora um dos pioneiros e o maior angariador de vocações pelas aldeias em redor, o Superior provincial convidou-o para vir do Brasil (de Belo Horizonte, onde reside) inaugurar a exposição. Vão por mim: não percam a oportunidade de visitar a exposição, pois ela vai continuar durante todo um ano. E com um pouco de sorte, são capazes de encontrar lá as vossas fichas de alunos (eu, por exemp'lo, descobri que o meu número de inscrição era o 369), o vademecum que tantos de nós recordamos, o manual de comportamento e até livrinhos de cânticos e uma selecta (a stencil) de ingénuos poemas brasileiros, nomeadamente sobre o jogo da bola, dito futebol. Serviam para recitar nas nossas festas, se bem se lembram. É uma delícia, para já não falar nas formas de fabricação manual das hóstias.

Dada a presença do padre Lúcio e como toda a atenção se concentrou nele, desta vez talvez tenha havido um pouco menos de folia e cantorias, se bem que o Maurício não tenha deixado os seus créditos por mãos e violas alheias. De qualquer modo, eramos uns noventa e tal e ninguém terá dado o tempo por perdido. Ainda por cima e como manda a tradição, assaram-se e comeram-se castanhas e cirandou uma bela pinga, até bem entrada a noite. Asseguro-vos que foi um sarilho arrancar alguns dos mais devotos às castanhas e à geropiga, para a longa jornada de regresso a casa, noite fora.

Para mim, especialíssimo também foi ver a festa do reencontro com o padre Lúcio de cinco dos seus pupilos do primeiro ano de actividade do Verbo Divino, no distantíssimo ano de 1949. Quatro deles estão na foto que vos envio. O quinto (José Simões, da Capinha) chegou mais tarde e já não foi a tempo de entrar na foto.

Daniel Reis



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