JOSÉ de JESUS AMARO
Eu sei que a maior parte de vós já não anda por este
mundo dos blogs... nem que eles tenham o sabor
da BEIRA.

1. O dia 27 foi um dia bonito. Não tanto pelo sol e pela
claridade única que a nossa Cova da Beira oferece, gratuitamente, a quem a
visita. Foi bonito porque os ex’s SVD das Beiras, acompanhados de alguns
externos, se juntaram, mais uma vez, numa bela jornada de confrater-nização,
como só eles sabem. Para os verbitas
que estivemos presentes, os antigos alunos são a face visível, no meio do
mundo, daquilo que a nossa institução fez de melhor ao longo destes sessenta e
tais de presença em Portugal: abrir horizontes e construir proximidades aos que
por ela passaram. Ouvi-los falar da SVD, como falam, é animador e reconfortante.
É certo que não fomos tantos como em 2011. Mas isso também não importa assim
tanto: esteve quem pôde e quis e isso basta. E, como em tudo na vida, sempre
será assim: há os que gostam, os que gostam mais, os que gostam menos e os que
não gostam. Todos, porém, a meu ver, se forem honestos consigo próprios,
descobrirão uma qualquer casca de cebola, mais ou menos seca, que a SVD lhes
deu, enquanto por lá andaram, seja por Tortosendo, Guimarães ou Fátima. Fiquei
contente...
2. E, já agora, para complementar, para os que ainda tenham um restinho
de paciência para me ler, não resisto a falar-vos do meu domingo, 28. Saí de
Tortosendo, a meia manhã, na direção norte com destino a Vila Verde, Braga.
Subindo o Vale do Zêzere até à Vela já deu para ir admirando as nossas serras
verdes de mato, salpicadas de algumas caducas amareladas, castanhas e
avermelhadas (para o escuro). Na Guarda fazia muito frio (+ou- 3ºC). O vale do
Mondego apareceu-me soberbo na sua variedade de cores e tonalidades e a água
límpida ia correndo lenta ou veloz, conforme o declive do leito. Em Celorico
foi rumar na direção de Trancoso. Que belas pedras aquela muralha oferece ao
visitante ou simples transeunte, para além do esplendoroso e monumental cedro,
que serve de altiva sentinela à entrada no jardim do campo da feira.
Continuando: Rio de Mel, Benvende, Ponte do Abade, onde o Varosa corre ainda
franzino e entretido. E, de repente, os carvalhos americanos da beira da
estrada, antes do entroncamento para Aguiar da Beira e Viseu. A beleza das suas
cores pediu paragem obrigatória. Mais à frente desvio para a Senhora da Lapa.
Desta feita... não deu tempo e o recente incêndio não aconselhava. Seguiu-se Ferreirim,
com as águas límpidas da barragem do Vilar, o chafariz de Penso a “botar” água
como já se não vê... Vila da Rua e o seu belo pelourinho, ali mesmo no centro
da vila e da rua. Pouco depois, Moimenta da Beira uma vila de “enrijar” os
ossos à moda das Terras do Demo. Corte à direita para Tabuaço. Há tanto tempo
que não passava por aquela vila encostadinha a ravinas e cujo acesso aperta o
coração. Um bacalhau salgadote ajudou a compor os interiores. Descida para
Santa Leocádia do Tedo (=um afluente do Douro). E chegada ao Douro: encorpado
nuns pedaços, mas fino e pedregoso noutros. Régua e as folhas das videiras a
povoarem as mil e uma encostas que o Douro tem. Mesão Frio, rio Teixeira,
Padronelo e a Tasca do João, agora versão pós-visita da ASAE. Amarante, terra
de Pascoaes e Agustina, aparece atravesada ao meio pelo Tâmega... continuação pela
Lixa, Fafe, Guimarães e Braga... E, porque já estou a ser chato, mesmo para os
meus pacientes... fico-me por aqui. Não sem antes vos recomendar o outono do meu/nosso
contentamento e... das nossas vidas. Ele está aí à nossa disposição... como as portagens estão caras e os combustíveis
também é deixar as autoestradas, os IPs e os ICs... e dar folga e plena
liberdade ao olhar. Nada de restrições e censuras...
Em Soutelo, Vila Verde, aos 29 de outubro de
2012.
Voltaram os textos do jj-a, esse excelente guia das nossas melhores memórias!
ResponderEliminarAbraço.
Nicolau
Gostei da tua escrita JJA.
ResponderEliminarAdemiro a forma como te expressas, pois tenho a sensação que estou a vivenciar este momento.
Continua, acompanho-te no Jornal do Fundão...
Um Grande Abraço
"chefe da covilhã"
Luís Garcia
Desculpa o "ademiro", carreguei nas duas teclas em simultâneo :):)
ResponderEliminarAqui fica a errata: admiro a forma como...
Um abraço
"chefe da covilhã"
Luís Garcia