segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jantar do 3º aniversário


Que grande família e que festa bonita!
Daniel Reis
A Marta e o João, a espreitar, o Ferraz de Moura
Ainda a ressacar das maravilhas da noite de 28 de Janeiro -- aquela noite de encanto e amizades à solta entre verbitas indefectíveis – vamos primeiro aos dados de facto do jantar comemorativo do 3º aniversário deste nosso bem-amado blogue. Assim, informo-os, mediante números auditados pelo António C. Pinto, que participaram e estiveram à mesa, no Hotel Olissippo/Oriente, umas exactas 43 pessoas. Ou seja, mais uma que no segundo aniversário do ‘Sabor da Beira’, no mesmo local, a 30 de Janeiro de 2011, com a diferença de, no total de sexta-feira passada, se incluírem também esposas (7), filhos (2) e amigos (2). E no jantar da inauguração, lá pelos fins de Janeiro de 2009, eramos apenas 20. Ou seja: o pessoal vai dando mostras concretas de que gosta muito, e a meu ver cada vez mais. Significa isto também que só o almoço em Oleiros (em 30 de Janeiro de 2010) teve mais gente: 62 pessoas. Mas essa inesquecível ida ao campo, ou ao Portugal das nossas origens, foi uma festa-excepção. Aliás, uma excepção a pedir bis, lá mais para diante.
A Raquel e a Lia
Enfim, despachado o registo contabilístico, que usei como ‘lead’ a mero título de lançamento da notícia, vamos ao que interessa, que é a substância da coisa. E, aí, eu até estava com algumas hesitações em escrever, pois soube-me tão bem, que me apetecia usar a táctica de um antigo jogador-treinador do Sporting (António Oliveira). Esse cavalheiro marcou um dia três golos num mesmo jogo europeu e no final comentou para os jornais da época: «Quem viu, viu. Quem não viu, visse e agora só se lhe fizerem um desenho». Ora, como eu não sei desenhar… (Aqui só para nós, nunca fui capaz de acabar um desenho nas aulas do dito, em Fátima, nem sequer uma simples garrafa deixada em cima da mesa pelo professor de turno, que nem sequer me lembro quem tenha sido).

Alegria!
Acontece que, ao fim de um dia de hesitações, sobre saber como despachar o compromisso da escrita, sem entrar na louvaminha e mais tarde não me envergonhar pela grandiloquência dos adjectivos usados a qualificar o nosso convívio à mesa, alguém me livrou da enrascada. E esse ‘alguém’ (abençoado seja), foi o nosso ilustre António Monsanto Registo, ao deixar o que segue no FB do Sabor da Beira. Escreveu ele (vénia para a citação): «Que grande família, meus amigos! Foi muito bonita a festa! Obrigado aos que a tornaram possível, nomeadamente ao Fernando Carvalho, ao Vítor e ao Madeira, mais os seus ‘grandes’ acompanhantes do Norte! Um obrigado e um forte abraço ao Presidente da AAVD, Ferraz de Moura, que fez questão de estar presente. Aplicam-se aqui os versos do poeta: ‘Tudo vale a pena, se alma não é pequena’. E não foi...». Tenho a certeza de que vocês me darão razão, se concluir que foi, exactamente, assim. E que mais não seria preciso para abarcar o sentido geral da coisa. Além do mais por ficarem, assim também, expressamente registados os agradecimentos a quem tanto os merece. Obrigado, pois, caríssimo Registo.

Francisco Magueijo, Daniel Reis e José Quelhas
Já agora, também não me despeço de Vossências sem anotar algo de mais pessoal, não vão acusar-me de preguiçoso (logo eu, tão devotado ao trabalho nos últimos três ou quatro anos, por mais árduo que ele seja…). Pareceu-me que, talvez devido à excepcional presença dos familiares de vários de nós, a festa foi mais distendida, assemelhando-se antes a ameno convívio, pela noite dentro, que a simples jantar mais ou menos informal. Outros grupinhos, dos que se vão formando com antigos companheiros que ficaram mais próximas à mesa, terão falado disto e daquilo, de tudo e de nada, avulsa e amistosamente. Por mim, confesso-vos que os juristas ali por perto (dois desembargadores, um advogado e um curioso em matéria de leis) se de alguma coisa não falaram foi, justamente, da ‘vexata quaestio’ da Justiça. Sabem que mais? Relembrámos tim-tim, por tim-tim os acampamentos de Verão, na Nave de Santo António, e os longos passeios a pé até aos Charcos de Loriga, à Torre, às Lagoas Comprida e Escura, ao Vale do Rossim e ao Poço do Inferno. Um espectáculo, especialmente quando se tem à mão a memória prodigiosa do Zé Quelhas. E foi um sarilho convencê-los de que eu não fiquei sempre a descascar batatas, ou de serviço à cozinha do acampamento. Nem queriam acreditar que tenha então subido, como os mais atléticos e mais ousados, ao alto do Cântaro Magro. Mas juro-lhes que subi. Como? Não sei, mas eu estive lá. Tempos, esses, em que aprendíamos latim e eu não usava bengala!
Lindos... os nossos meninos!
Escuso de lhes perguntar se não gostaram da abertura, ainda que ocasional, da nossa tertúlia às mulheres. E devem-no à presença da Marta Azevedo, afilhada do Madeira Antunes e que, quer com o padrinho, quer com o jovem João Fernando, tanto animaram a festa. Foi o nome dela na lista de inscrições que me levou a pedir para se abrir a porta às mulheres. E ainda bem, que o pedido foi atendido. O que essas mulheres (ao menos algumas, assim como um ou outro macho de ouvido mais sensível) porventura não esperassem era ouvir tanta ‘caralhada’ a dominar o léxico das cantorias. Eu próprio vos peço desculpa por recorrer aqui a tal primor. Mas além de ser repetido lá aí uma centena de vezes, ainda insistiu em também integrar-se neste meu inopinado texto.    

O bolo de Aniversário e o "3" de que o texto fala.
Ainda uma informação: havia um "3" em madeira, decorado e recheado, junto ao bolo do aniversário. Ele simboliza a amizade e simpatia de um amigo, que mais uma vez, nos brindou com a sua arte e a sua imaginação, o António Colaço. É-lhe devido um obrigado.

Finalmente, despeço-me dos meninos, com um protesto. É que, contrariamente ao ocorrido no ano passado e anulando as minhas melhores expectativas, quanto ao brilho literário que daria à festa, desta vez não houve quadras. E eu que tanto matutei, para não me apanharem desprevenido, apurando como resultado a quadrinha que segue!. Mas, já que me recusaram o triunfo anunciado no dito concurso, agora aguentem-se e tomem lá: «Onde é que os amigos estudaram latim/e aprenderam a ser todos tão excelentes?/Se foi no Tortosendo, digo-vos que a mim,/até me ensinaram lá a lavar os dentes».

4 comentários:

  1. Dany, um protesto bem lavrado... 10 pontos!

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  2. ...os meios, por vezes justificam os fins, no entanto, não se deixa de pedir desculpas! Penso que os objectivos foram atingidos...só por meia dúzia amigos, já valia a pena!Apareçam sempre!

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  3. Daniel,tinhas que acrescentar mais uma "caralhada" às tantas "caralhadas", então, entoadas!
    Mas.... se as senhoras pela intervenção da tua cívica pena ficaram integradas de vez,venham, então, Grande Daniel, mais "caralhadas" outra vez.
    Pela parte que me diz respeito,a AMIZADE não tem pátria, a AMIZADE é uma PRÁTICA!
    Espera para ver se para o ano sou capaz de...fazer um QUATRO, depois de deixar escorrer quatro "branquinhas" da Serra do Moradal!
    Ai de ti que te portes mal e então não digas nada.Já sabes o que te espera vindo do fundo da sala...pois claro, mais uma "caralhada"!!!!

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  4. Boa, Daniel; sempre atento aos grandes aconteciemntos!
    Obrigado a todos pela beleza de cada reencontro - particularmente aos amigos Vitor e Fernando.
    Abraço.

    Nicolau M.

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