quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

LÁ MORAM DUAS PESSOAS * jesus-amaro

É meia-noite. Acabo de chegar da missa da vigília (=missa do galo). Ouvi as notícias na TSF. Nada de especial, para além da repetição daquilo que já estamos fartos de ouvir nos últimos tempos. Mas antes de dormir queria partilhar convosco uma situação de dramática pobreza... como não encontrei nem nos meus tempos de Brasil. Trata-se de um ex que andou em Fátima nos inícios da década de '80. Vive perto de Leiria, mesmo no centro da sua freguesia. Mas parece que ninguém vê: autoridades políticas, religiosas, sanitárias... a situação brada aos céus, porque é um inferno. Se tentar contar-vos o que encontrei naquele barraco não dá para acreditar. Penso que nunca entrei num lugar, onde moram pessoas, como este. Penso mesmo que a palavra miséria se sentirá envergonhada e mal utilizada para classificar a situação do C. A situação dele raia o indizível e o impensável: lixo, desarrumação, sujidade, precariedade, insegurança, falta de privacidade, tudo ameaça ruir (escadas, paredes, tecto, soalho), porque já está em ruínas. Ali falta tudo o que é necessário para se viver com alguma dignidade e sobra o que não presta... E o drama, o grande drama é que lá moram duas PESSOAS: uma doente outra deficiente. E ninguém vê... j.a.

4 comentários:

  1. Caro Zé,
    São casos como este que nos devem fazer mover em direcção a uma fraternidade que tenha sentido. Na nossa comodidade egoísta, melhor é não saber!

    Mas agora que sabemos, não o podemos ignorar (obrigado JA por me tirares deste comodismo e de me inquietares), que podemos fazer? Que vou fazer?

    De todos os que por aqui passam, alguém tem alguma relação com algum Seviço da Segurança Social?
    Nesta quadra, abundam programas na TV que "desmascaram" algumas destas situações, alguém pode, com a ajuda do JA, pedir uma investigação desta situação?
    (...)
    O que podemos fazer?...

    Nada, entre tantos... é pouco!

    Vitor Baptista

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  2. Caros amigos
    Acabo de ler esta notícia do Ir. José Amaro. De facto, só podemos ficar muito incomodados. No entanto, parece-me que, enquanto AAVD e antigos colegas, deveriamos fazer alguma coisa. É importante ajudarmos os que estão longe, mas não podemos ignorar estas situações degradantes que acontecem ao nosso lado. Como podemos ajudar? O que poderemos fazer? Sabendo que tudo é necessidade, o que será mais urgente?
    Rui Barata

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  3. Sou, Bernardino, ex-seminarista - Tortosendo - e vivo actualmente na Marinha Grande, perto de Leiria.
    Gostaria de saber mais informação acerca deste assunto.
    Podem contactar-me para o seguinte endereço de e-mail: antoniobbernardino@gmail.com

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  4. Caros Amigos
    A notícia do irmão Jorge Amaro é triste, merece uma reflexão e o neccessário empenho no apoio a esse Ex-colega AAVD.
    Quem tiver alguma notícia ou sugestão de como actuar poderá contactar-me. Estou disponivel para ajudar dentro das minhas possibilidades.
    José Delgado

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