Também eu tenho duas experiências dos meus "são nicolau". A primeira: coube-me num ano enriquecer a equipa dos tridentes. Um diabo um pouco gorducho e anafado, dentro daqueles trajes vermelhos, lá me movimentei o melhor que pude e a agilidade física me permitiu. Acontece que um dos condenados (o
António Dias Duque, do Sardoal) que devíamos levar para as profundezas do inferno era um tipo "raçudo" e duro de músculo. Não aceitou a condenação sem mais e começou a oferecer resistência, ajudado pela sua turma. E o caso começou a ficar complicado porque era uma humilhação para os garbosos "mafarricos" serem enxovalhados e desacreditados. Entretanto começou a chover porrada feia de um lado e do outro. Puxões, socos, pontapés, vergastadas, empurrões, roupa rasgada... luta feroz entre os demónios infernais e o condenado e apoiantes. Por fim o tridente lá conseguiu vencer, a muito custo, a terrível batalha e levar o condenado para as penas-eternas. Uma segunda: coube-me escrever o discurso que o são nicolau deveria proferir em tom solene e vigoroso, antes das condenações. O são nicolau desse ano foi o noviço
Fernando Novo, da Póvoa de Varzim. Foi um arrasar completo de cozinha e lavandaria. Não houve dó nem piedade. O resultado de tal discurso foi umas crises de choro e raiva da Ana e companheiras. Nunca tive coragem de assumir que fora eu o autor da catilinária. Provavelmente um pouco injusta...
Caro amigo:
ResponderEliminarAchei interessantes as recordações da Festa de S. Nicolau, que despertaram a minha curiosidade por terem sido vividas em épocas diferentes da que frequentei o Seminário. Os protagonistas mudaram, mas os aspectos fundamentais permaneceram e o espírito manteve-se com toda a fidelidade, ou seja recompensar os "bons" e castigar os "maus".
Quanto ao JANTAR de JANEIRO de 2009, está na altura de se começar a referir a data correcta, OU SEJA 30 de Janeiro/2009 (6ª Feira) às ______ horas.
Sobre a ementa parece estar a haver consenso e vontade de trincar o CABRITO ASSADO no Forno, confeccionado à "moda da Beira".
O que é preciso é o pessoal ir "aguçando o apetite" e a ideia de comparecer...
Cordiais saudações verbitas,
António C. Pinto