Do que tu te havias de lembrar!
“Danado” tempo... nos tenros 9 anitos não sabia como acomodar tamanha “punição”. Não sei que falhas a valessem, tal era a carga emocional que lhe estava associada e nos era transmitida pela cumplicidade de toda a comunidade. Nunca mais, na vida – vivida, senti tamanha experiência, que mexesse tanto comigo, no corpo, no espírito e, sobretudo, na consciência.
Ainda hoje me pergunto, por que raio fiquei naquele estado? A quem teria, eu, feito tanto mal, para sentir aquela culpa e aquele medo de ser punido?
9 anos, faria 10 em Fevereiro!
Hoje, assumo este episódio, como uma espécie de “iniciação”, de excomunhão dos medos e dos preconceitos, que lentamente aprendemos a libertar. Era um ritual iniciático, fantástico, que nos conduzia à raiz de todas as questões – o bem e o mal, a vida e a morte, o acto e a consequência, a recompensa e a punição.
(O problema estava no “apito dourado”) – em quem decidia – porque haviam uns de receber prendas (....sabonetes, tesouras, corta unhas, escovas de dentes, pastas Colgate, recargas, papel cavalinho...) e outros, de receber a punição do “fogo do inferno”?
Mas, tinha que ser assim! Se não, não havia “Diabos Infernais”. Tinha que haver bons e maus, mortos e vivos, factos e punições...
Já viram coisa mais parecida com a vida em sociedade?
Foi justa a recompensa? Foi justa a condenação?
Também aprendi que há recompensas que nos limitam e condenações que nos libertam?
Obrigado S. Nicolau!
“Danado” tempo... nos tenros 9 anitos não sabia como acomodar tamanha “punição”. Não sei que falhas a valessem, tal era a carga emocional que lhe estava associada e nos era transmitida pela cumplicidade de toda a comunidade. Nunca mais, na vida – vivida, senti tamanha experiência, que mexesse tanto comigo, no corpo, no espírito e, sobretudo, na consciência.
Ainda hoje me pergunto, por que raio fiquei naquele estado? A quem teria, eu, feito tanto mal, para sentir aquela culpa e aquele medo de ser punido?
9 anos, faria 10 em Fevereiro!
Hoje, assumo este episódio, como uma espécie de “iniciação”, de excomunhão dos medos e dos preconceitos, que lentamente aprendemos a libertar. Era um ritual iniciático, fantástico, que nos conduzia à raiz de todas as questões – o bem e o mal, a vida e a morte, o acto e a consequência, a recompensa e a punição.
(O problema estava no “apito dourado”) – em quem decidia – porque haviam uns de receber prendas (....sabonetes, tesouras, corta unhas, escovas de dentes, pastas Colgate, recargas, papel cavalinho...) e outros, de receber a punição do “fogo do inferno”?
Mas, tinha que ser assim! Se não, não havia “Diabos Infernais”. Tinha que haver bons e maus, mortos e vivos, factos e punições...
Já viram coisa mais parecida com a vida em sociedade?
Foi justa a recompensa? Foi justa a condenação?
Também aprendi que há recompensas que nos limitam e condenações que nos libertam?
Obrigado S. Nicolau!
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