Foram chegando... devagar, devagarinho... mas chegaram! Uns mais expansivos que outros, o que roça a normalidade, mas todos com uma grande expectativa em relação ao que os esperava e ao que ía acontecer... E o que aconteceu foi bom, porque além do trabalho da equipa organizadora todos teimaram em dar o seu insubstituível contributo para que tudo corresse bem e todos se sentissem à vontade e partipantes de pleno direito nesta festa de encerramento dos 60 anos de presença da SVD em Portugal. Olhámo-nos e vimos – apesar de se ouvir muitas vezes as frases “estás igual”, “não mudaste nada”, os cabelos é que estão um pouco mais brancos”... - que não estamos na mesma nem em relação ao ano passado e muito menos em relação às dezenas que já lão vão, depois da nossa passagem pela SVD. Mas, soa bem e adoça os ouvidos e a vaidade!
E, digo isto porque todos vimos muitas carecas ou meias-carecas a brilhar, ouvimos muito discurso saudosista e revivalista, por detrás do qual se escondem as memórias mais vivas do que foi a passagem pela “nossa” instituição.
A maior parte de nós estamos-lhe infinitamente gratos outros ainda não conseguiram digerir nem integrar o fel amargo de algumas injustiças de que foram vítimas. Compreendemo-los e ninguém lhes leva a mal por não quererem estar presentes, mas que gostávamos de os ver por cá, lá isso gostávamos e tenho quase a certeza de que eles próprios se sentiriam bem ao olhar para aquelas paredes, janelas salas e corredores, campos, refeitório e cozinha, que lhes lembrariam muitas coisas boas e interessantes. Mas a vida é assim mesmo... A nossa, como a de todos os humanos (ricos e pobres, sábios e ignorantes) é feita de pequenas e triviais realizações, cuja maior grandeza está na sua pequenez e na sua simplicidade: aliás, o segredo das grandes vidas!
Estávamos muitos e bons (perdoem a imodéstia)! E fizémos, com a ajuda da solidariedade que cultivamos, os milagres da multiplicação dos pães e da amizade, que são os mais belos e significativos, porque promovem a alegria do coração, o olhar e o gesto da ternura e o prazer do braço e do abraço.
Para além da casa que tão simpaticamente nos acolheu, quero referir a celebração da fé, que sempre nos ajuda a alargar horizontes e a procurar ou lembrar outras referências e que, juntos, celebrámos com muita dignidade e musicalmente afinada (o que não é pouco!), certamente mais mais fruto da alma do que do ensaio.
Uma palavra de especial simpatia para com a dona Maria Octávia. Quis estar presente e via-se e sentia-se que estava feliz por tanta gente se lembrar dela com tanto respeito e carinho.
Agora que redescobrimos o caminho e experimentámos que o encontro é bem mais do que comer e beber... mas também abraçar, celebrar, estar, olhar e recordar a desculpa fica mais difícil de arranjar... para não ir. Jj-a
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