Ainda me recordo dos primeiros contactos em Fátima, nos encontros AAVD, e da ideia de "amigo improvável" que tive do Amâncio de Ronfe, tal era a sua espontaneidade, que eu confundia com a sobranceria de alguém "mais velho e iluminado". Durante muito tempo, foi esta a ideia que retive do Amâncio. Até que deixei de o ver por Fátima e, fisicamente, nunca mais nos cruzámos.
Nas novas encruzilhadas da vida, quis o destino que nos cruzássemos na improbabilidade do mundo digital, que chega a ser um "mundo muito mau" e, por outro lado, tem algumas coisa boas. O meu reencontro com o Amâncio, foi um desses momento privilegiados que nos tornou mais cúmplices (não me atrevo a dizer amigos porque o Amâncio já não me pode responder) e que nos permitiu conviver, quase diariamente, partilhando o que de mais verbita existia em cada um de nós. Não nos víamos e não falávamos fisicamente mas partilhávamos conversas, pensamentos, discussões, ideias, "birrices", coisas banais do dia-a-dia... que eu chegava a publicar e partilhar, quase religiosamente, na "palavra do dia do meu amigo Amâncio" no meu FB pessoal. Não sei se sabem, mas o Amâncio, no FB, tinha o costume de iniciar as suas "tretas" do dia, com um pensamento e, havia "maduros", onde eu me incluo, que o liam e o partilhavam com muita regularidade com os seus amigos, acrescentando os seus comentários, alimentando, assim, a discussão iniciada pelo Amâncio. E foi assim, durante os últimos anos, o meu relacionamento e a minha cumplicidade com o Amâncio.
Mas não pensem que esta relação foi ingénua, hoje percorri o perfil do nosso amigo para recordar alguns momentos e deparei-me com alguns factos que eu desconhecia e que me "incomodaram". Alguns amigos meus, liam as minhas partilhas das "palavra do dia do meu amigo Amâncio" e para além de comentarem ou gostarem, tornaram-se seus "amigos" e estavam envolvidos noutras discussões, que eu nunca partilhei, nem conhecia, com o Amâncio. Esta descoberta deixou-me particularmente feliz por ter descoberto esta faceta de excelente comunicador do Amâncio e de ter contribuído para que outros pudessem
desfrutar a sua sagacidade, da clarividência com que "despachava" os temas e as "tretas", com sentido de responsabilidade, com a profundidade q.b. e sobretudo com uma honestidade intelectual de um grande Homem.
Foi um Amâncio "digital", diferente, aquele com quem convivi nos últimos anos, distante de uma outra personagem que conheci nos textos do Lux Mundi, da ceia dos notivagos, das Assembleias da AAVD de Fátima. Mais descontraído, mais tolerante, sagaz e inteligente.
Foi um Amâncio "digital", diferente, aquele com quem convivi nos últimos anos, distante de uma outra personagem que conheci nos textos do Lux Mundi, da ceia dos notivagos, das Assembleias da AAVD de Fátima. Mais descontraído, mais tolerante, sagaz e inteligente.
Foi um privilegio Amâncio e concordo com o escreves no teu livro, Nariz Entupido ou Um Segundo Renascer: “Diz-se que estradas rectas e mulheres sem curvas só dão sono. É por isso que estes “percalços” nos vão mantendo vivos e sem o nariz entupido para continuarmos a rabiar.
…Vou reinventar-me e tudo fazer para jamais ter o nariztupido da historieta”.
Reinvente-mo-nos pois... dando à tua "partida" o mesmo sentido da proposta que nos fazes.
Até sempre Amâncio!
obrigada por esta publicação,é sempre bom saber k o meu pai era uma pessoa querida pelas pessoas.Um bem haja e mais uma vez um muito obrigada
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