Uns, poucos, ainda puxam puxam. Ainda que poucos, de tanto puxar com os movimentos por coordenar, mais que puxar, é ao próprio corpo que estão a rasgar. Saem-me estas palavras para descrever o momento da vida associativa dos antigos alunos do verbo divino. Caracterizo-o como o movimento dos sem tempo. O relógio parado não cede ao des-equilíbrio, nem ao balanço da vida. Imóvel, permanece ano após ano, num repetir que não o faz renascer de uma letargia consentida onde mal se tem tempo para o decalque. Coragem?... é ir e carregar com o fardo da obrigação de acordar o querubim enfadado, que não rejubila com a graça de um tempo novo e real e reinventado.
É mais do que o tempo para assumir que a aavd está bem, é legal e tem estatutos mais do que suficientes e exigentes para viver por muitos e longos anos, no papel. A aavd está viva e pronta para nos responder a qualquer momento. Assim ousemos questioná-la com tempo, com o nosso tempo individual. Se não temos tempo, para que ousamos questioná-la ano após ano, tentando tirar-lhe a vida de um papel, a vida que só nós lhe podemos devolver com o nosso tempo?
Tempo é igual a interesse, interesse é igual a entusiasmo, entusiasmo é igual a alegria, alegria é igual a partilha, partilha é igual a solidariedade e (...). O que falta na aavd é o meu, o teu, o nosso tempo, o tempo que completa o ciclo da vida, sem interrupções e sem "romagens". A dinâmica da aavd tornou-se, em nome da memória dos seus fundadores e grandes mentores, numa romagem com, cada vez, menos actores, transformando-se num cenário deprimente de espectadores indiferentes.
Tempo é igual a interesse, interesse é igual a entusiasmo, entusiasmo é igual a alegria, alegria é igual a partilha, partilha é igual a solidariedade e (...). O que falta na aavd é o meu, o teu, o nosso tempo, o tempo que completa o ciclo da vida, sem interrupções e sem "romagens". A dinâmica da aavd tornou-se, em nome da memória dos seus fundadores e grandes mentores, numa romagem com, cada vez, menos actores, transformando-se num cenário deprimente de espectadores indiferentes.
A cada evento se torna mais evidente o penoso o arrastar de um lista com a meia dúzia de inscritos do costume que, com a aproximação das datas, se transforma numa pedinchice lamentável de mensagens, recados e telefonemas, numa quase suplica pela presença dos seus pseudomembros. Um triste cenário de que venho sendo testemunha e que, em nome da dignidade, não quero esconder mais, basta!
Em termos de comunicação os ritmos são insuportáveis, entre a realização dos eventos e a sua notícia, sendo optimista, são, no mínimo, três meses de grande expectativa pela chegada do correio. Nem os leitores imaginam as dores de cada "parto", o sangue, o suor e as lágrimas dos parteiros. Mas finalmente chega o jornal, para nos preencher a alma de não tempo. O nosso querido lux mundi é uma sombra que corre penosamente atrás do tempo e que nos persegue, sem nunca nos alcançar. Em nome de uma resposta de duvidosa eficácia, mais uma vez, se vai perder o tempo a discutir uma coisa para a qual (já) não há (mais) tempo. O argumento que mantém a lógica do papel por via dos companheiros mais velhos e do registo que fica para os vindouros deixa-me embuchado! A nossa passagem pela comunidade do verbo divino trouxe-nos uma particular visão do mundo e das suas imensas possibilidades em termos de pensamento e de vivências. Recuso-me a admitir que os que tiveram um percurso semelhante ao meu se sintam incapazes do que quer que seja. O desafio é a marca transversal das várias gerações verbitas que se traduz na diversidade de formas de estar e de ser e no caminho que cada um escolheu. O desafio das novas tecnologias é uma obrigação e ninguém vive debaixo de uma pedra! Como movimento associativo é um dever, promover social e culturalmente os seus sócios. O registo que nos deve perseguir é o de inscrever no futuro a nosso marca, para manter actualizados os nossos desejos e para satisfazer, a tempo, a nossa curiosidade. É inevitável, e mesmo os mais resistentes às novas tecnologias o vão reconhecer.
O tempo é o sangue da vida, o tempo é o teu e é o meu. Nenhum de nós é tão pobre ou tão soberbo para recusar uma dádiva do seu sangue a um corpo que é comum e exige a tua e a minha gota. Mas sejamos práticos e realistas!
O tempo é o sangue da vida, o tempo é o teu e é o meu. Nenhum de nós é tão pobre ou tão soberbo para recusar uma dádiva do seu sangue a um corpo que é comum e exige a tua e a minha gota. Mas sejamos práticos e realistas!
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