Sexta-feira,
11 de outubro
O nosso colega e
amigo Luís Cerejo está de parabéns! Concluiu o seu segundo livro, não de
contos, como o anterior, mas um romance feito de muitas histórias. O livro
chama-se Pedra Pequena e ele explica no Prefácio:
“Pedra Pequena” nunca servirá
para esculpir uma coluna, para portal de uma igreja, pilar de um palácio ou
ameia de um castelo.
“Pedra Pequena” é como a Vida…
uma tragédia e uma comédia gregas em simultâneo.
“Pedra Pequena” não é, afinal,
Castelo Branco.
“Pedra Pequena” somos todos nós.
O
Luís Cerejo deu-me a honra de apresentar o seu livro e eu, logo no início,
escrevo sobre o nosso passado comum, onde ganhámos o gosto, um vício bom, pelos
livros:
Conhecemo-nos
desde o longínquo outono de 1968, quando, ainda miúdos, ingressámos no
Seminário do Tortosendo, onde fomos colegas, da mesma turma, durante cinco
anos.
Entre aulas matinais, tardes de
estudo, entrecortadas com futeboladas, e orações de manhã à noite, havia um
momento de silêncio e leitura livre às 21 horas, imediatamente antes de deitar.
Para esse momento, e outros clandestinos nas horas de estudo, fornecíamo-nos na
Biblioteca, que ficava logo à direita de quem entrasse naquele enorme casarão.
Havia um cavaleiro com uma
espingarda de três tiros, num cavalo da cor da noite, que voava como o vento
sobre as areias do deserto, se o dono lhe assobiasse entre as orelhas. E o
Corsário Negro, herói vingador dos irmãos, o Corsário Vermelho e o Corsário
Verde, sempre vitorioso contra os governadores das colónias e os navios que
sulcavam o mar das Caraíbas. E também o Sandokan… E ainda os índios Apaches,
nas pradarias da América do Norte, guiados pelo grande espírito Winnetou que
falava ao grande chefe Manitou através da montanha sagrada. Quanta imaginação
Emílio Salgari e Karl May semearam nas nossas mentes!
Mas não foi pelos livros que
soubemos daquela outra montanha sagrada, o Monte Sinai, onde Javé falou a
Moisés e lhe entregou a Lei das Doze Tábuas. Foi no cinema, às segundas de
tarde, projetado no refeitório, arrumado para sala de espetáculos. Ali, no
ecrã, nem precisávamos de imaginar, era tudo real. “Os Dez Mandamentos”, “A
Bíblia”, filmes de índios, exércitos e cowboys. Um mundo tão grande!
A
apresentação do livro realiza-se no dia 11 de outubro, a próxima sexta-feira,
pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco. É uma
edição de autor, como o anterior.
As personagens
principais do livro são três amigos que se encontram diariamente e partilham as
pequenas alegrias e misérias da vida. Vamos juntar muitos amigos e saborear com
o Cerejo a festa da vida!
José Teodoro Prata
Parabéns ao Cerejo.
ResponderEliminararturmagalhaesleite@gmail.com